São Paulo, sexta-feira, 02 de abril de 2010

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ÁFRICA

Militares detêm por algumas horas premiê de Guiné-Bissau

DA REUTERS

O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior, foi detido ontem e solto horas depois por soldados que negaram querer realizar um golpe de Estado na ex-colônia portuguesa. Mas os militares impuseram a substituição do chefe do Estado-Maior, o almirante José Zamora Induta, por seu vice, o general Antonio Njai.
Após um dia de tensão e incertezas no país, um dos mais pobres do mundo, o presidente Malam Bacai Sanha disse que a situação estava "sob controle" e afirmou que a destituição temporária do premiê resultava de uma briga entre militares que "espirrou no governo civil".
A confusão começou quando soldados armados entraram na sede local ONU para buscar o ex-chefe da Marinha Bubo Na Tchuto, que tentara um fracassado golpe de Estado em 2008, e morava desde dezembro nas dependências do órgão.
Em seguida, eles prenderam o premiê, gerando protestos. Tchuto foi à mídia dizer que queria julgá-lo como "criminoso". As ruas se esvaziaram, e Gomes Júnior foi levado para casa, de onde acabou libertado. Mas o almirante Induta e cerca de 40 apoiadores seguem detidos.
Segundo analistas, Guiné-Bissau serve de plataforma do tráfico internacional de drogas, e a influência dos cartéis contamina o governo.


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