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EPIDEMIA
Comunidades da região de Pequim se isolam com barricadas; Canadá volta a registrar dois novos casos da doença
Fora de controle, Sars esvazia Dia do Trabalho na China
DA REDAÇÃO
Por orientação do governo, milhões de trabalhadores chineses
passaram um dos dos principais
feriados do ano trancados em casa, como parte do esforço para
conter o avanço da Sars (síndrome respiratória aguda grave, na
sigla em inglês). Ao redor de Pequim, comunidades rurais montaram barreiras para impedir a
chegada de pessoas da cidade, onde a doença está fora de controle.
A China é o principal foco mundial da epidemia, que até ontem
contava 5.865 casos em mais de 20
países, com 391 vítimas fatais. Na
China, 332 morreram em consequência da Sars, o que representa
85% do total, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Pequim, uma das áreas mais
atingidas, com mais de cem casos
novos todos os dias, já fechou escolas e cinemas e têm cerca de 11
mil pessoas sob quarentena.
Na mesma época do ano passado, 87,1 milhões de pessoas viajaram pelo país, gerando uma receita de cerca de US$ 4 bilhões.
Algumas localidades da região
de Pequim chegaram ao extremo
de tentar impedir com barreiras
de pedra e terra a chegada de
eventuais portadores da doença.
Um funcionário da cidade de
Xiaotangshan disse que as barreiras foram autorizadas pela administração local. "A prevenção vem
em primeiro lugar", disse o funcionário, que não se identificou.
Canadá
Ontem, Toronto anunciou o registro de mais dois novos casos da
doença. É uma má notícia para a
maior cidade do Canadá, que esta
semana conseguiu que a Organização Mundial da Saúde (OMS)
retirasse a advertência contra viagens não-essenciais à cidade, após
forte pressão do governo federal.
As vítimas são enfermeiras que
conviveram com vítimas da Sars
em Toronto, o único lugar fora da
Ásia com registros de mortes por
causa da doença. Um caso foi
classificado de "provável", e o outro, de "suspeito"- ou seja, ainda
não foram confirmados.
"Para nós, a notícia representa
um retrocesso", afirmou Donald
Low, chefe de microbiologia do
hospital Mount Sinai.
Segundo o jornal "Toronto
Star", os novos casos não provocarão nova advertência da OMS
porque eles ocorreram em uma
unidade de saúde controlada, sem
colocar a população em risco.
Até agora, houve 23 vítimas fatais da Sars na região de Toronto,
que registrou 265 dos 346 casos
suspeitos ou prováveis no Canadá, segundo o Ministério da Saúde. Mas a OMS registra apenas
147 casos e 20 mortes no país.
Com agências internacionais
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