DA REDAÇÃO

Regiões da Alemanha atingidas no mês passado pelas inundações que ocorreram em vários países da Europa voltaram a ser cobertas pela água ontem, depois que tempestades torrenciais alagaram o leste do país e áreas na Suíça, na República Tcheca e na Polônia.
No cantão de Appenzell-Ausserrhoden (leste da Suíça), um jovem casal e seu bebê morreram quando um deslizamento de terra atingiu a casa em que moravam, enquanto enchentes atingiam o leste do país.
Estradas e linhas de trem suíças foram fechadas. De acordo com a polícia, outras 32 pessoas foram retiradas de suas casas devido ao perigo de novos deslizamentos de terra.
Durante a madrugada, a água submergiu casas e auto-estradas em Dresden, Chemnitz e outras regiões da Saxônia, no leste alemão, onde milhares de pessoas ainda estavam trabalhando na recuperação das cidades inundadas pelo rio Elba e seus afluentes.
No sábado à noite, grandes congestionamentos formaram-se na cidade saxônia de Floeha, depois que as autoridades alertaram para o perigo de novas enchentes na região. Muitas estradas da Saxônia e de Baden-Württemberg foram bloqueadas por deslizamentos de terra.
Apesar das chuvas de ontem, a previsão para os próximos dias é de tempo quente e seco. As autoridades européias agora estão estudando como reparar os prejuízos calculados em mais de 20 bilhões de euros (US$ 19,6 bilhões), dos quais a maior parte cabe à Alemanha.
Os governos alemão e austríaco declararam que vão adiar o corte de impostos que havia sido previsto. A idéia é criar um fundo emergencial de auxílio às vítimas das enchentes.
Ministros das Relações Exteriores da União Européia também aprovaram, em uma reunião em Elsinor (Dinamarca), a criação de um fundo europeu para os desastres.
Países que ainda não fazem parte da UE, mas que foram muito afetados pelas enchentes, como a República Tcheca e a Eslováquia, terão direito a esse fundo, que prevê um aporte inicial de US$ 491 milhões.
A Câmara de Indústria e Comércio da Alemanha estima que cerca de 2.500 empresas tenham sido completamente destruídas pelas inundações. Outras 18 mil teriam sido danificadas.