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São Paulo, quinta-feira, 02 de outubro de 2003

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Manifestação contra desemprego termina em confronto em Bagdá

DA REDAÇÃO

Protestos de desempregados em Bagdá e Mossul ontem acabaram em violência. A polícia abriu fogo contra os manifestantes na capital e disparou tiros para o ar na cidade no norte do Iraque, contribuindo para agravar a tensão social em um país que, no pós-guerra, já lida com a falta de segurança e o colapso econômico.
Em Bagdá, os manifestantes invadiram uma delegacia, incendiaram dois carros e arremessaram pedras contra os policiais. A polícia abriu fogo, e a troca de tiros persistiu por cerca de 30 minutos. Quinze minutos depois, soldados americanos chegaram ao local.
Testemunhas afirmaram que tanto manifestantes quanto policiais foram feridos, mas não foi divulgado um saldo de vítimas.
Quando o tiroteio cessou, eclodiram brigas entre os grupos. Os manifestantes -ex-soldados em grande parte- disseram ter recebido promessas de emprego em julho que ainda não foram cumpridas, pois os policiais exigiriam propina para contratá-los.
Já a polícia afirmou que cerca de mil manifestantes foram até a delegacia exigir trabalho e, quando o pedido foi recusado, um pequeno grupo passou a incitar os demais a invadir o prédio.
O incidente ocorreu perto do Hotel Palestine, que hospeda boa parte dos correspondentes estrangeiros em Bagdá e onde, num ataque americano durante a guerra, dois jornalistas foram mortos.
Ainda na capital, em frente a uma mesquita, soldados dos EUA atiraram para cima a fim de dispersar um protesto contra a prisão de um imã.
No confronto em Mossul, centenas de desempregados participavam de uma passeata quando, ao chegarem à prefeitura, foram dispersados com tiros para o ar. Não há registro de feridos.


Com agências internacionais

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