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Manifestação contra desemprego termina em confronto em Bagdá
DA REDAÇÃO
Protestos de desempregados
em Bagdá e Mossul ontem acabaram em violência. A polícia abriu
fogo contra os manifestantes na
capital e disparou tiros para o ar
na cidade no norte do Iraque,
contribuindo para agravar a tensão social em um país que, no
pós-guerra, já lida com a falta de
segurança e o colapso econômico.
Em Bagdá, os manifestantes invadiram uma delegacia, incendiaram dois carros e arremessaram
pedras contra os policiais. A polícia abriu fogo, e a troca de tiros
persistiu por cerca de 30 minutos.
Quinze minutos depois, soldados
americanos chegaram ao local.
Testemunhas afirmaram que
tanto manifestantes quanto policiais foram feridos, mas não foi
divulgado um saldo de vítimas.
Quando o tiroteio cessou, eclodiram brigas entre os grupos. Os
manifestantes -ex-soldados em
grande parte- disseram ter recebido promessas de emprego em
julho que ainda não foram cumpridas, pois os policiais exigiriam
propina para contratá-los.
Já a polícia afirmou que cerca de
mil manifestantes foram até a delegacia exigir trabalho e, quando o
pedido foi recusado, um pequeno
grupo passou a incitar os demais a
invadir o prédio.
O incidente ocorreu perto do
Hotel Palestine, que hospeda boa
parte dos correspondentes estrangeiros em Bagdá e onde, num
ataque americano durante a guerra, dois jornalistas foram mortos.
Ainda na capital, em frente a
uma mesquita, soldados dos EUA
atiraram para cima a fim de dispersar um protesto contra a prisão de um imã.
No confronto em Mossul, centenas de desempregados participavam de uma passeata quando,
ao chegarem à prefeitura, foram
dispersados com tiros para o ar.
Não há registro de feridos.
Com agências internacionais
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