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Americanos querem promotor
especial para investigar caso CIA
FERNANDO CANZIAN
DE WASHINGTON
Sete em dez americanos são a favor da designação de um promotor especial para investigar as alegações de que membros do governo George W. Bush teriam vazado
para a imprensa o nome de uma
agente da CIA (serviço secreto
dos EUA), mostra pesquisa "The
Washington Post/ABC".
Segundo a pesquisa, realizada
na noite de terça-feira, 68% dos
entrevistados tiveram conhecimento das suspeitas, dos quais
83% consideram o assunto sério.
Anteontem, o Departamento da
Justiça, ligado à Presidência dos
EUA, determinou a abertura de
uma investigação na sede do governo americano.
Ontem, a Casa Branca informou
que seus funcionários iniciaram
uma pesquisa em registros telefônicos para tentar determinar a
identidade de quem tornou público a um jornalista de Washington
que Valerie Plame, mulher de um
crítico do presidente George W.
Bush, trabalhava para a CIA.
O porta-voz da Casa Branca,
Scott McClellan, admitiu que os
funcionários poderão ser submetidos a detectores de mentiras.
O vazamento do nome de Plame, segundo seu marido, o ex-embaixador no Iraque Joseph
Wilson, teria tido o objetivo de intimidá-lo. Wilson desmentiu, em
julho, informação contida em discurso do presidente Bush sobre
uma suposta compra de urânio
que Saddam Hussein teria feito na
África.
O vazamento do nome de sua
mulher, segundo Wilson, teria
partido do principal assessor de
Bush, Karl Rove -que nega a
acusação. Wilson é visto como
simpatizante do Partido Democrata, de oposição a Bush, e chegou a contribuir para um de seus
pré-candidatos à eleição de 2004.
Revelar o nome de agentes da
CIA é crime federal nos EUA, punível com até dez anos de prisão.
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