|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Somália pede ataque internacional a piratas
Criminosos dominam 12 navios, um deles com tanques
DA REDAÇÃO
O frágil governo da Somália
pediu ontem que outros países
entrem em suas águas territoriais para combater grupos criminosos que atacaram 62 navios neste ano. Desses, 26 foram seqüestrados, e 12, com
200 tripulantes, estão sob controle dos piratas.
O seqüestro do navio ucraniano MV Faina, carregado
com 33 tanques russos, armas e
munição, preocupa autoridades somalis e internacionais.
Os piratas, porém, negam que
pretendam entregar as armas a
grupos radicais e dizem só ter
descoberto o "tesouro" ao tomar a embarcação.
Versão moderna do Capitão
Gancho, os criminosos negociam o resgate da carga, destinada ao governo queniano, por
telefone via satélite. Eles exigiam inicialmente US$ 35 milhões, mas já aceitam negociar
por US$ 5 milhões.
O presidente provisório da
Somália, Abdullahi Yusuf Ahmed, discute com autoridades
estrangeiras um ataque ao navio, que está sendo monitorado
pela Marinha americana. Convidada a participar da ação, a
Rússia enviou um navio de
guerra, que está a caminho do
golfo de Áden, mas até o momento vem sendo cautelosa.
Políticos quenianos defenderam nesta semana ação militar
para recuperar os armamentos
-que, suspeitam os americanos, podem fazer parte de um
acordo secreto entre Quênia e
Sudão, alvo de sanções.
Localizadas em ponto estratégico entre o oceano Índico e o
mar Vermelho, as águas somalis são assoladas por piratas e
pesqueiros ilegais. Falido, o Estado não controla o território
da Somália, não tem forças de
segurança nem oferece serviço
público.
Em junho, resolução do Conselho de Segurança da ONU
permitiu a navios estrangeiros
atuar em conjunto com o governo em águas somalis. Oito
países europeus se ofereceram
para participar de uma força de
segurança marítima no país.
Com agências internacionais
Texto Anterior: Deslocamentos aumentam 41% no país, diz ONG Próximo Texto: Carta garantirá governabilidade, diz Rafael Correa Índice
|