São Paulo, quinta-feira, 02 de outubro de 2008

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Somália pede ataque internacional a piratas

Criminosos dominam 12 navios, um deles com tanques

DA REDAÇÃO

O frágil governo da Somália pediu ontem que outros países entrem em suas águas territoriais para combater grupos criminosos que atacaram 62 navios neste ano. Desses, 26 foram seqüestrados, e 12, com 200 tripulantes, estão sob controle dos piratas.
O seqüestro do navio ucraniano MV Faina, carregado com 33 tanques russos, armas e munição, preocupa autoridades somalis e internacionais. Os piratas, porém, negam que pretendam entregar as armas a grupos radicais e dizem só ter descoberto o "tesouro" ao tomar a embarcação.
Versão moderna do Capitão Gancho, os criminosos negociam o resgate da carga, destinada ao governo queniano, por telefone via satélite. Eles exigiam inicialmente US$ 35 milhões, mas já aceitam negociar por US$ 5 milhões.
O presidente provisório da Somália, Abdullahi Yusuf Ahmed, discute com autoridades estrangeiras um ataque ao navio, que está sendo monitorado pela Marinha americana. Convidada a participar da ação, a Rússia enviou um navio de guerra, que está a caminho do golfo de Áden, mas até o momento vem sendo cautelosa.
Políticos quenianos defenderam nesta semana ação militar para recuperar os armamentos -que, suspeitam os americanos, podem fazer parte de um acordo secreto entre Quênia e Sudão, alvo de sanções.
Localizadas em ponto estratégico entre o oceano Índico e o mar Vermelho, as águas somalis são assoladas por piratas e pesqueiros ilegais. Falido, o Estado não controla o território da Somália, não tem forças de segurança nem oferece serviço público.
Em junho, resolução do Conselho de Segurança da ONU permitiu a navios estrangeiros atuar em conjunto com o governo em águas somalis. Oito países europeus se ofereceram para participar de uma força de segurança marítima no país.


Com agências internacionais


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