São Paulo, sexta-feira, 03 de fevereiro de 2006

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NUCLEAR

AIEA prepara denúncia aos planos do Irã

DA REDAÇÃO

Os 35 países que integram o Conselho de Governadores da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) esboçavam ontem uma confortável maioria de votos para recomendar o envio do controvertido programa nuclear iraniano ao Conselho de Segurança da ONU. A posição só encontrava a oposição aberta de Cuba, Venezuela, Síria e Belarus.
O diretor-geral da AIEA, o egípcio Mohamed El Baradei, disse que o cerco ao Irã havia atingido "um estado crítico". O país islâmico retomou em 10 de janeiro o enriquecimento de urânio em escala experimental. Afirma que pretende usar a energia atômica com fins pacíficos, mas seus argumentos não são convincentes.
Caso Teerã não recue -os sinais são, ao contrário, de intransigência-, o Conselho de Segurança poderá votar sanções de um conteúdo a ser ainda definido.
O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, disse ontem que "sob nenhuma condição" seu país abandonaria o projeto de enriquecer urânio.
O principal negociador iraniano, Ali Larijani, disse em carta a El Baradei que retomaria em larga escala o programa de produção de combustível nuclear e bloquearia suas instalações aos inspetores internacionais.
Em Washington, em depoimento ao Senado, o coordenador dos serviços de inteligência americanos, John Negroponte, disse que uma eventual bomba atômica iraniana é um tema sério e de futuras preocupações.
Segundo o ministro Celso Amorim (Relações Exteriores), o Brasil poderá votar a favor da resolução da AIEA que remete o caso do Irã ao Conselho de Segurança da ONU ou se abster de votar, mas não votará contra. Amorim diz que o governo ainda não decidiu.


Com agências internacionais

Colaborou a Sucursal de Brasília


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