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NUCLEAR
AIEA prepara denúncia aos planos do Irã
DA REDAÇÃO
Os 35 países que integram o
Conselho de Governadores da
AIEA (Agência Internacional de
Energia Atômica) esboçavam ontem uma confortável maioria de
votos para recomendar o envio
do controvertido programa nuclear iraniano ao Conselho de Segurança da ONU. A posição só
encontrava a oposição aberta de
Cuba, Venezuela, Síria e Belarus.
O diretor-geral da AIEA, o egípcio Mohamed El Baradei, disse
que o cerco ao Irã havia atingido
"um estado crítico". O país islâmico retomou em 10 de janeiro o
enriquecimento de urânio em escala experimental. Afirma que
pretende usar a energia atômica
com fins pacíficos, mas seus argumentos não são convincentes.
Caso Teerã não recue -os sinais são, ao contrário, de intransigência-, o Conselho de Segurança poderá votar sanções de um
conteúdo a ser ainda definido.
O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, disse ontem
que "sob nenhuma condição" seu
país abandonaria o projeto de
enriquecer urânio.
O principal negociador iraniano, Ali Larijani, disse em carta a El
Baradei que retomaria em larga
escala o programa de produção
de combustível nuclear e bloquearia suas instalações aos inspetores internacionais.
Em Washington, em depoimento ao Senado, o coordenador
dos serviços de inteligência americanos, John Negroponte, disse
que uma eventual bomba atômica
iraniana é um tema sério e de futuras preocupações.
Segundo o ministro Celso Amorim (Relações Exteriores), o Brasil
poderá votar a favor da resolução
da AIEA que remete o caso do Irã
ao Conselho de Segurança da
ONU ou se abster de votar, mas
não votará contra. Amorim diz
que o governo ainda não decidiu.
Com agências internacionais
Colaborou a Sucursal de Brasília
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