São Paulo, quinta-feira, 03 de março de 2011

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Em carta, direita dos EUA exige intervenção

Conservadores pedem apoio a rebeldes líbios

ANDREA MURTA
DE WASHINGTON

O endurecimento da retórica de Washington contra Muammar Gaddafi chega após pressão de neoconservadores, congressistas republicanos, analistas e outros que estão exortando a Casa Branca a intervir na Líbia.
Na sexta passada, um grupo de falcões neoconservadores de peso enviou carta ao presidente Barack Obama pedindo ação direta dos EUA e da Otan (aliança militar ocidental) para pôr fim "ao regime líbio assassino".
Entre os 40 nomes da direita que assinaram a carta estão os de Paul Wolfowitz, ex-vice-secretário da Defesa, e os dos analistas William Kristol e Robert Kagan.
A ação lembra um padrão dos anos 90, quando neoconservadores fizeram lobby forte por pressão militar contra "países hostis". Advogaram, por exemplo, pela derrubada de Saddam Hussein após a Guerra do Golfo e por intervenção nos Bálcãs.
O texto pede que o governo desenvolva planos operacionais para destacar caças para impedir que o regime ataque civis; que estabeleça capacidade para desarmar navios de guerra líbios e que mova seus navios para a região.
Alguns legisladores foram ainda mais longe. Os senadores John McCain (republicano) e Joe Lieberman (independente) afirmaram que a Casa Branca precisa fornecer armas aos rebeldes líbios.
Algumas sugestões dos conservadores, inclusive a de mover forças para a região, já foram seguidas. Quanto a armar rebeldes, Susan Rice, embaixadora dos EUA na ONU, disse que é prematuro falar em apoio material enquanto a oposição não se une em uma fronte unificada. "Não vamos tentar escolher líderes", afirmou.


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