|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
A MORTE DO PAPA
João Paulo 2º foi foco de preocupação na Ásia, Europa, América e Oceania, mesmo onde só a minoria da população é católica
Mundo todo faz homenagens a pontífice
DA REDAÇÃO
A notícia da morte do papa João
Paulo 2º fez com que a multidão,
estimada em 60 mil pessoas, aglomerada na praça de São Pedro, irrompesse em aplausos (ma Itália,
símbolo de respeito) enquanto os
sinos dobravam e as pessoas choravam abertamente.
Antes do anúncio de sua morte,
protestantes, muçulmanos, judeus e até ateus se uniram aos católicos em todo o mundo para homenagear o papa João Paulo 2º.
Velas e orações foram a marca
de homenagens na França, Alemanha, Inglaterra e Áustria. Mesmo países da Ásia e da Oceania,
onde apenas a minoria da população é católica, o dia foi marcado
por ansiedade por notícias e celebração a João Paulo 2º até o anúncio de sua morte.
O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, dizia acompanhar preocupado as notícias
sobre a saúde do papa, a quem
chamou de "campeão da dignidade humana". Bush abriu sua fala
semanal de rádio falando sobre o
pontífice.
Entre os não-católicos, a homenagem a João Paulo 2º tende a
creditá-lo pelo fim de guerras, a
propagação da democracia e o
combate à animosidade religiosa.
Ele é visto como advogado da paz
e da responsabilidade.
Segundo Bobby Brown, diretor
internacional do Congresso Judeu Mundial, em Israel, com João
Paulo 2º, a Igreja Católica se tornou aliada do povo judeu.
Hafid Ouardiri, porta-voz da
mesquita de Genebra, disse que
os muçulmanos vão lembrar de
João Paulo 2º por seus esforços
para levar paz às comunidades.
Na Ásia, um porta-voz do governo chinês, que se opõe à autoridade do papa sobre os católicos
do país, expressou sua preocupação ante a morte do pontífice. A
imprensa do país, entretanto,
censurou a agonia de João Paulo
2º. Segundo o Vaticano, três pessoas ligadas à Igreja Católica,
proscrita na China, foram presas
recentemente.
Católicos se reuniram no Paquistão e mesmo no Iraque para
rezar pelo papa. A presidente das
Filipinas, Gloria Arroyo, ressaltou
a coragem do papa como fonte de
força e esperança para os fiéis.
O papa também esteve no centro das preocupações da população da Tailândia, onde a maioria
da população é budista, na Malásia, de maioria muçulmana, e
mesmo na Índia, onde os católicos são apenas 2% da população.
Os jornais do Japão também deram atenção especial ao assunto.
A Igreja Católica de Hong Kong
celebrou missas enaltecendo o caminho trilhado pelo nos quase 27
anos de liderança do papa. O líder
político de Hong Kong Donald
Tsang foi a Roma, onde se juntou
à multidão que reza por ele.
O premiê da Austrália, John
Howard, saudou o papa como um
grande chefe religioso e por sua
luta pela liberdade.
Na terra natal do papa, a Polônia, uma missa reuniu uma multidão na cidade de Wadowice, no
sul do país, onde Karol Wojtyla
nasceu há 84 anos. A basílica ficou
aberta toda a noite e gente de toda
a Polônia e de fora do país se dirigiu à cidade em homenagem ao
papa. Alguns de seus conterrâneos chegaram a cogitar a idéia do
retorno do corpo do pontífice para ser enterrado em sua terra natal, já que João Paulo 2º não declarou onde queria ser enterrado.
Em Cuba, a TV estatal permitiu
que a igreja informasse a condição de saúde do papa.
Com agências internacionais
Texto Anterior: Varredura contra grampos deve assegurar sigilo total de conclave Próximo Texto: Mais de 20 mil rezaram pelo papa em Aparecida Índice
|