São Paulo, quarta-feira, 03 de junho de 2009

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General indicado para comando afegão diz que protegerá civis

Stanley McChrystal depôs ontem a senadores; mortes criaram atrito entre Washington e Cabul

DA REDAÇÃO

O general indicado para ser comandante das tropas americanas e aliadas no Afeganistão disse ontem que as forças da coalizão precisam reduzir as mortes de civis, passo que considera "essencial para nossa credibilidade".
Stanley McChrystal disse que "o modo como conduzimos operações é vital para o êxito delas" e avisou que qualquer vitória será "vazia e insustentável" se as operações das forças aliadas gerarem ressentimento entre os cidadãos afegãos.
Em depoimento à Comissão de Forças Armadas do Senado, o general McChrystal disse que a eficácia das forças americanas e aliadas será medida "pelo número de afegãos protegidos contra a violência", e não pelo número de inimigos mortos.
As mortes de civis em ataques aéreos, que comprometem a já frágil situação política interna afegã, vêm sendo um dos principais pontos de atrito entre Washington e Cabul.
Segundo o general, esses ataques continuarão a ser uma parte essencial dos combates no Afeganistão. Porém, disse, serão ordenados apenas com base em informações sólidas e o mais "preciso" possíveis.
McChrystal foi responsável por operações especiais bem-sucedidas no Iraque. Ele ajudou a capturar altos membros da Al Qaeda e deteve homens como Abu Musab al Zarqawi, que liderou campanha brutal de explosões até ser morto por oficiais das operações especiais dos EUA em abril de 2006.
Indagado sobre relatos de abusos cometidos contra detentos mantidos por seus comandados, o general disse no depoimento que "não tolero, nunca tolerei e nunca vou tolerar maus-tratos de detentos".


Com o "New York Times"


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