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Parlamento turco cobra desculpas de Israel
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
O Parlamento da Turquia
aprovou ontem declaração
que pressiona Israel a pedir
desculpas pelo ataque à frota, indenizar as vítimas e levar responsáveis à Justiça.
Foi o mais recente episódio da escalada de tensão entre os países desde a ação.
O ataque atingiu Ancara
porque a ONG financiadora
da frota é turca, bem como a
maioria dos ativistas a bordo.
Inicialmente, os políticos
turcos queriam aprovar sanções militares e econômicas
ao Estado judaico.
Diante do risco de agravar
as tensões, porém, os governistas trabalharam para conter a ideia e conseguiram que
o texto só exigisse que o governo promovesse sanções e
a busca por reparação perante autoridades judiciárias nacionais e internacionais.
No dia do ataque, a Turquia anunciou a retirada de
seu embaixador em Israel e
cancelou planos de exercícios militares conjuntos.
Por telefone, o premiê turco, Recep Tayyp Erdogan,
disse a Barack Obama que Israel corria o risco de perder
seu "único amigo" na região.
O próximo passo deverá
ser do Ministério da Justiça,
que estuda processar Israel,
segundo a agência semioficial turca Anatolia.
Moderada, a Turquia é, há
anos, relevante parceira comercial de Israel na região e
um de seus raros interlocutores no mundo islâmico.
Ontem, pelo terceiro dia, a
capital Ancara teve protestos
anti-Israel que reuniram centenas de pessoas. Pontos judaicos tiveram a segurança
reforçada, segundo o ministro do Interior, Besir Atalay.
Só em Istambul existem 20
pontos vigiados, inclusive sinagogas e centros judaicos.
Israel já pediu aos seus diplomatas que fiquem preparados para deixar a Turquia.
Em entrevista, o chanceler
turco, Ahmet Davutoglu, ressaltou que os turcos judeus
"não são estrangeiros".
Contudo, ele aumentou a
pressão ao relacionar o fim
do bloqueio a Gaza à normalização das relações.
EGITO
A disputa diplomática melhorou a imagem da Turquia
na região. Também no sentido de evitar crítica pelo apoio
a Israel, o Egito ontem manteve aberta a passagem fronteiriça de Rafah, que liga o
país à faixa de Gaza.
Pelo posto, o único fora do
controle de Israel, 300 palestinos saíram ontem, e uma
carga de cobertores, tendas e
13 geradores elétricos entrou.
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