São Paulo, sexta-feira, 03 de junho de 2011

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Berlim rejeita pânico e paranoia, mas vendas agrícolas têm queda

Alexander Demianchuk/Reuters
Comerciante vende vegetais na Rússia, que impôs restrições para importações da Europa

EM BERLIM

Enquanto cientistas e autoridades fazem trabalho de detetive para descobrir o que é e de onde veio o surto infeccioso que já deixou 18 mortos na Alemanha, Berlim rejeita o pânico e a paranoia.
Em um mercado de produtos orgânicos no bairro classe média alta de Prenzlauer Berg, a vendedora se ofende com a deliberada provocação: "De onde vem o pepino que vocês estão vendendo?".
"Não é da Espanha, é tudo da Alemanha", responde irritada. Lembrada de que os pepinos espanhóis foram "inocentados" e de que não se sabe a fonte de contaminação, rebate: "Mais um motivo para não deixar de consumir".
Um cliente interrompe para opinar que as pessoas não devem se contaminar pelo "medo incutido pela mídia".
Ali perto, numa mesinha, quatro jovens têm os seus pratos cheios de alface, pepinos e tomates crus -fontes potenciais de contaminação. "Nem lembramos que tinha essa bactéria", diz um deles.
Em outro restaurante, a garçonete diz que segue servindo saladas como de costume, mas que a casa retira ingredientes se solicitado.
Mas o clima nas ruas contrasta com números oficiais.
Segundo a consultoria de mercado de produtos agrícolas AMI, na última semana a venda de pepinos caiu 40%. Também sofreu redução a venda de alface (30%), tomate (20%) e pimentão (15%). No norte, onde o surto teve início, 90% da produção corre o risco de ser perdida. (CVN)


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