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Powell deixará cargo em 2005, diz "Time"
DA REDAÇÃO
O secretário de Estado dos EUA, Colin Powell, pretende deixar o cargo ao final do atual mandato de George W. Bush, em 2005, mesmo se ele conseguir a reeleição, segundo reportagem publicada ontem pela revista "Time".
Pessoas próximas a Powell ouvidas pela revista disseram que ele
está determinado a continuar no cargo até 2005 mesmo no caso de
uma ação militar americana no Iraque, à qual ele se opõe.
Em entrevista anteontem à rede
britânica de TV BBC, Powell afirmou que o retorno das inspeções
de armas da ONU no Iraque era
uma prioridade dos EUA para
evitar a guerra, contrariando as
declarações feitas na semana passada pelo vice-presidente americano, Dick Cheney, de que a ação
do país precisa ser rápida e de que
a discussão sobre o retorno das
inspeções é secundária.
O ministro da Defesa da Alemanha, Peter Struck, disse ontem
que as posições de Powell em relação ao Iraque o isolaram no governo Bush. "Podemos concluir sem nenhuma dúvida que Powell está isolado no primeiro escalão
de Bush", disse Struck, que afastou a possibilidade de a Alemanha apoiar uma eventual ação militar americana.
O porta-voz da Casa Branca, Ari Fleischer, negou ontem que houvesse alguma divisão no governo e disse que as declarações de Powell e de Cheney são complementares e condizem com a posição do presidente Bush.
Powell embarcaria ontem à noite para Johannesburgo, na África do Sul, para representar os EUA na cúpula Rio+10, onde deve enfrentar as críticas da comunidade internacional sobre a possível ação militar americana no Iraque.
Com agências internacionais
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