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EDUCAÇÃO
Órgão anuncia que reabrirá casos controversos ligados ao favorecimento de estudantes pertencentes a minorias étnicas
Supremo dos EUA vai reexaminar ação afirmativa
DA REDAÇÃO
A Suprema Corte dos EUA
anunciou ontem que determinará
se as universidades públicas poderão continuar a levar em conta
a raça dos estudantes ao analisar
os pedidos de admissão. O tema é
delicado e tem repercussão nacional, afetando a educação superior
e as políticas de ação afirmativa
-que favorecem as minorias.
A mais elevada instância da Justiça americana concordou em
reexaminar casos que envolvem a
faculdade de direito da Universidade de Michigan e seu sistema de
admissão de alunos. Esses casos
têm um valor político muito elevado e foram estudados pela última vez há 24 anos, quando uma
decisão histórica foi tomada.
Negros e representantes de outras minorias étnicas defendem a
ação afirmativa e argumentam
que se trata de um modo de diminuir o fosso existente entre os
brancos e as outras raças e de diversificar o corpo estudantil.
Os críticos da ação afirmativa
sustentam que ela é uma forma
inconstitucional de "discriminação ao contrário".
Em 1978, numa decisão histórica, uma Suprema Corte bastante
dividida determinou que cotas raciais não poderiam ser aplicadas
aos processos de seleção de estudantes, mas permitiu que a raça
dos candidatos fosse levada em
consideração pelas universidades.
Desta vez, os juízes decidirão se
questões raciais ainda podem ser
utilizadas pelas universidades ou
se elas violam as garantias de
igualdade previstas tanto na
Constituição dos EUA quanto nas
leis federais sobre os direitos civis.
As universidades afirmam que a
diversidade cultural entre os estudantes contribui para elevar o nível educacional e que o número
de estudantes pertencentes a minorias étnicas cairá se a lei for alterada. Segundo os advogados da
Universidade de Michigan, a raça
dos candidatos é apenas um dos
fatores levados em consideração
durante o processo de seleção.
Em casos similares recentes, a
Suprema Corte, que é dominada
pelos conservadores, decidiu restringir o uso de verbas públicas
em programas que favorecem as
minorias étnicas.
Os nove juízes da Suprema Corte estudarão os casos nos próximos meses e só deverão anunciar
uma decisão em junho do ano
que vem.
Com agências internacionais
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