São Paulo, sexta-feira, 04 de janeiro de 2008

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Ofensiva de Israel em Gaza deixa ao menos 3 civis mortos

As vítimas eram mãe, irmã e filha de militante do grupo radical Jihad Islâmico

Israelenses respondiam a quatro foguetes lançados de Gaza contra seu território; governo quer neutralizar a faixa antes que Bush chegue

DA REDAÇÃO

No segundo dia consecutivo de ofensiva contra grupos de militantes armados na faixa de Gaza, blindados e caças israelenses mataram ontem nove pessoas, das quais pelo menos três civis. A ação foi em resposta ao lançamento de um míssil Katyusha, de fabricação iraniana, sobre a cidade israelense de Ashkelon, onde não fez vítimas.
Segundo o jornal israelense "Haaretz", foi até agora o projétil de mais longo alcance lançado de Gaza, com um percurso de 16,5 km.
Pouco antes, militantes islâmicos haviam lançado sobre Israel três Qassan, foguetes de fabricação caseira. Um deles atingiu uma casa de Sderot, só com prejuízos materiais.
Os pilotos que bombardearam Gaza disseram ter mirado em uma fábrica de armamentos leves do Jihad Islâmico, outro grupo extremista, e uma base do Hamas, ao sul da faixa.
Os três civis palestinos mortos eram a mãe, a irmã e a filha de 3 anos de um militante do Jihad, Sami Fayyad, cuja casa foi destruída por um projétil lançado de um caça israelense.
A versão israelense é de que a casa havia sido utilizada como refúgio de um grupo de homens armados que havia disparado projéteis antiblindados. Segundo o grupo islâmico Hamas, que controla Gaza desde junho, confrontos de artilharia feriram dez palestinos ontem de madrugada.
Anteontem militares israelenses deram a entender que procuravam neutralizar focos armados em Gaza antes da chegada, na terça-feira, do presidente George W. Bush, que pressionará Israel e a Autoridade Nacional Palestina a aproximarem suas posições, com vistas a um acordo de paz que deve ser concluído até o final do ano, segundo cronograma fixado durante conferência na cidade americana de Annapolis.
Nos preparativos para a chegada de Bush, o presidente palestino, Mahmoud Abbas, irá amanhã à Arábia Saudita.
Por sua vez, o primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, ao ser recebido em Amã pelo rei jordaniano Abdullah 2º, comprometeu-se a não autorizar nenhum novo assentamento judaico na Cisjordânia.


Com agências internacionais


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