São Paulo, terça-feira, 04 de janeiro de 2011

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ANÁLISE

Oposição vai se deparar com teste em Legislativo que entra

STEVEN R. HURST
DA ASSOCIATED PRESS

Um novo Congresso nos EUA abre nesta quarta-feira com o Partido Republicano de volta ao controle da Câmara dos Deputados, tentando progredir após dois anos de obstrucionismo contra o presidente Barack Obama.
Com a economia dos EUA ainda em recuperação, o desemprego nos 10% e uma dívida interna batendo recordes diariamente, os americanos convocaram republicanos e democratas para confrontar os problemas.
As soluções serão dolorosas, mas, com a próxima eleição presidencial a apenas dois anos, medidas duras devem se provar também politicamente perigosas.
Além disso, os democratas ainda controlam o Senado, mesmo com menos cadeiras, e Obama tem poder de veto.
O cenário das brigas em Washington ainda não mudou. Republicanos creem em um governo menor, menos impostos e regulação. Democratas insistem que isso tudo é trabalho do governo -enquanto promovem um capitalismo robusto.
Porém, alguns sugerem que os grandes temas que irão tomar o calendário legislativo no novo Congresso estão nos programas sociais e tributos.
Após uma longa batalha legislativa, Obama e seus companheiros conseguiram aprovar uma lei para o sistema de saúde americano sem apoio dos republicanos.
O deputado republicano de Michigan Fred Upton, próximo diretor da Comissão de Energia e Comércio da Câmara, disse, no domingo, que repelir a reforma é sua maior prioridade.
Segundo Upton, os republicanos tentarão primeiro impedir a lei que cria o novo programa e, se não der certo por causa do poder de veto presidencial, irão desmantelá-la aos poucos.
Os republicanos da Câmara também exigirão investigações mais duras sobre os programas e políticas presidenciais, pondo fim no passe livre que a liderança democrata deu a Obama nos últimos dois anos.
Os republicanos insistem que chamarão funcionários do Congresso para explicar gastos de verbas. O tom amigável dos inquéritos dos democratas vai mudar para perguntas exigentes: Qual o propósito do programa? Isso é o melhor para o dinheiro dos contribuintes?
Acima de tudo isso, estará a pressão em ambos os partidos para emplacar medidas que ganhem votos em 2012.


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