São Paulo, terça-feira, 04 de junho de 2002

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IGREJA

Líder católico recebeu ontem presidente boliviano em seu apartamento

Saúde do papa altera sua rotina

DA REDAÇÃO

O papa João Paulo 2º, 82, recebeu ontem o presidente da Bolívia, Jorge Quiroga, em seu apartamento particular no terceiro andar do palácio apostólico, no Vaticano, em vez de recebê-lo no segundo andar do prédio, por causa de seus problemas de saúde.
Devido à sua dificuldade de caminhar, o líder católico, aconselhado por seus médicos, vem evitando locomover-se.
Embora haja um elevador dentro do palácio, por meio do qual ele pode ir à biblioteca (onde tradicionalmente os papas recebem seus visitantes ilustres), João Paulo 2º se vê obrigado atualmente a se encontrar com eles mais perto de seu escritório ou de seu aposento.
A conversa com o presidente boliviano aconteceu dentro de uma ampla sala. O pontífice o recebeu sentado em uma poltrona, que não abandonou nem quando se despediu de Quiroga 20 minutos mais tarde.
Durante a audiência, o presidente agradeceu ao papa o apoio dado pela Igreja Católica à mediação de conflitos sociais na Bolívia e em especial a contribuição para o perdão da dívida contraída com a Itália. Quiroga deve se reunir hoje com o presidente da Itália, Carlo Azeglio Ciampi, e firmar um acordo bilateral para o cancelamento da dívida externa, além de um programa de cooperação científica e tecnológica entre os dois países. A Bolívia devia cerca de US$ 70 milhões à Itália. Desde o ano 2000, a Itália perdoou a dívida de diversos países, entre eles vários da África.
Ao final da audiência, o presidente apresentou ao papa sua mulher, Virginia Gillum de Quiroga, e alguns membros de sua comitiva, além de dar-lhe de presente uma estátua da Virgem Maria (e ganhar do pontífice medalhas do pontificado).
Quiroga, que entregará a Presidência a seu sucessor no próximo dia 6 de agosto, depois de ter substituído no ano passado o general Hugo Banzer, foi criticado pela oposição devido às numerosas viagens programadas para o final de seu mandato.

México
Apesar do agravamento da saúde do papa, autoridades católicas do México disseram ontem que ele deve manter sua visita ao país, programada para o período entre os dias 30 de julho e 1º de agosto. No México, ele deve celebrar uma canonização.


Com agências internacionais

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