São Paulo, terça-feira, 04 de julho de 2006

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Zarqawi tinha laço com oficiais, diz parlamentar

DA REDAÇÃO

Um parlamentar iraquiano afirmou ontem que o terrorista Abu Musab al Zarqawi, que liderou a Al Qaeda no Iraque até ser morto em junho pelas forças americanas, mantinha em seu celular os números de telefone de autoridades do governo iraquiano. Waiel Abdul-Latif pertence ao grupo político do ex-premiê interino, Ayad Allawi, que tem dissidências com o novo governo.
O parlamentar não citou o nome de nenhum membro do governo que estaria na lista, mas disse que ela inclui integrantes de ministérios e deputados. Abdul-Latif pediu uma investigação sobre o caso, dizendo que os iraquianos "não podem dar uma mão ao governo e outra aos terroristas".
A viúva do terrorista jordaniano disse ao jornal italiano "La Repubblica" que Zarqawi foi "vendido" às forças americanas pelos líderes da Al Qaeda. Segundo a viúva, que seria a primeira mulher de Zarqawi, a liderança concluiu que ele tinha poder demais. "Ele ficou muito poderoso, virou um problema [para os demais]." A mulher foi identificada apenas como Umm Mohammed -"mãe de Mohammed"-, possivelmente um pseudônimo.

Reconciliação
Ontem, o premiê iraquiano, Nuri al Maliki, esteve nos Emirados Árabes Unidos, em busca de apoio ao seu plano de reconciliação entre árabes xiitas e sunitas. O presidente, Bin Zayed al Nahyan, se disse preocupado com a deterioração da segurança iraquiana e fez um apelo aos grupos para que deixem de lado suas diferenças. "O interesse maior do Iraque deve ter precedência sobre qualquer diferença política ou animosidade."
Apesar dos esforços, no Parlamento iraquiano, o principal bloco sunita boicotou os trabalhos pelo segundo dia, exigindo a libertação de uma colega -que teria sido levada por xiitas. Em Bagdá, atentados a bomba mataram pelo menos 12 pessoas.


Com agências internacionais


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