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Zarqawi tinha laço com oficiais, diz parlamentar
DA REDAÇÃO
Um parlamentar iraquiano afirmou ontem que o terrorista Abu Musab al Zarqawi, que liderou a Al Qaeda no
Iraque até ser morto em junho pelas forças americanas,
mantinha em seu celular os
números de telefone de autoridades do governo iraquiano. Waiel Abdul-Latif
pertence ao grupo político do
ex-premiê interino, Ayad
Allawi, que tem dissidências
com o novo governo.
O parlamentar não citou o
nome de nenhum membro
do governo que estaria na lista, mas disse que ela inclui
integrantes de ministérios e
deputados. Abdul-Latif pediu uma investigação sobre o
caso, dizendo que os iraquianos "não podem dar uma
mão ao governo e outra aos
terroristas".
A viúva do terrorista jordaniano disse ao jornal italiano
"La Repubblica" que Zarqawi foi "vendido" às forças
americanas pelos líderes da
Al Qaeda. Segundo a viúva,
que seria a primeira mulher
de Zarqawi, a liderança concluiu que ele tinha poder demais. "Ele ficou muito poderoso, virou um problema [para os demais]." A mulher foi
identificada apenas como
Umm Mohammed -"mãe de
Mohammed"-, possivelmente um pseudônimo.
Reconciliação
Ontem, o premiê iraquiano, Nuri al Maliki, esteve nos
Emirados Árabes Unidos,
em busca de apoio ao seu plano de reconciliação entre
árabes xiitas e sunitas. O presidente, Bin Zayed al Nahyan, se disse preocupado
com a deterioração da segurança iraquiana e fez um
apelo aos grupos para que
deixem de lado suas diferenças. "O interesse maior do
Iraque deve ter precedência
sobre qualquer diferença política ou animosidade."
Apesar dos esforços, no
Parlamento iraquiano, o
principal bloco sunita boicotou os trabalhos pelo segundo dia, exigindo a libertação
de uma colega -que teria sido levada por xiitas. Em Bagdá, atentados a bomba mataram pelo menos 12 pessoas.
Com agências internacionais
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