São Paulo, segunda-feira, 04 de julho de 2011

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Ex-líder estudantil, vice se torna o rosto do regime

DE CARACAS

O governo remoto de Hugo Chávez em Havana transformou o vice-presidente Elias Jaua, 42, ex-líder estudantil e sociólogo considerado ferrenho defensor da plataforma socialista do governo, no rosto venezuelano do regime.
Jaua, nomeado pelo presidente em janeiro de 2010 (o vice não é eleito), descarta assumir temporariamente o cargo, mas tem substituído o presidente nas maratônicas e múltiplas aparições na TV.
Também se reúne com militares e comandantes dos demais Poderes.
Antes de chegar ao cargo, foi diretor do equivalente ao Incra e ministro da Presidência no começo do chavismo (2001, 2002).
A oposição lhe chama de "atirador de pedras" em referência a sua atuação no movimento estudantil.
"A era dos delfins já foi ultrapassada", respondeu o vice em entrevista ao jornal "El Universal" publicada ontem para rejeitar a tese de que a doença de Chávez precipita o debate da sucessão.
"Todos que aspiravam ser sucessores já sabemos qual foi seu caminho: o triste papel de trânsfugas, convertidos, nas filas da direita", disse o vice.
O pouco carismático Jaua não se esquivou de apontar facções dentro do chavismo: "é a sua fortaleza."
Jaua é um dos nomes da capilarizada "Frente Franscisco Miranda", organização para a "formação e mobilização permanente" da militância do chavismo.
Segundo analista e ex-integrante do governo Eduardo Semtei, Jaua se fortalece ao estar em aliança com o chanceler Nicolás Maduro, outro que ganhou exposição com a doença do mandatário, e com o genro de Chávez, Jorge Arreaza.


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