São Paulo, domingo, 04 de setembro de 2005

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De Fidel a Putin, ofertas de ajuda se multiplicam

DA REDAÇÃO

O drama das vítimas do Katrina conquistou promessas de ajuda de mais de 60 países e organizações internacionais, entre elas a do ditador de Cuba, Fidel Castro, que se prontificou em enviar médicos. Embora o presidente George W. Bush tenha dito que "os EUA podem cuidar da situação sozinhos", Washington vêm aceitando a colaboração externa.
A secretária de Estado, Condoleezza Rice, agradeceu a todos. "Não recusamos nenhuma oferta", disse, sobre os rumores de que a Casa Branca teria rejeitado a ajuda da Rússia e da França.
As ofertas vêm tanto de países desenvolvidos aliados aos EUA como de lugares mais improváveis, como o Sri Lanka e Cuba. Bélgica, Canadá, Rússia, Japão, França, Alemanha, Reino Unido, China, Austrália, Jamaica, Honduras, Grécia, Venezuela, Holanda, Suíça, República Dominicana, El Salvador, México, Coréia do Sul, Israel, Emirados Árabes Unidos e organizações como a OEA, a OTAN e a OMS, entre outros.
O ditador cubano, Fidel Castro, ofereceu enviar 1.100 médicos e 26,4 toneladas de remédios para as vítimas do desastre. "Esse é um gesto sincero, de paz, sem impor nenhuma condição, disse Fidel.
A França colocou à disposição oito aviões, dois barcos, 600 barracas e mil camas. A Rússia ofereceu ajuda no esforço de resgate, principalmente com aviões de carga, que podem levar helicópteros e geradores, mas estaria esperando uma resposta americana.
A União Européia repetiu a oferta de ajuda, incluindo suas reservas petrolíferas. A Agência Internacional de Energia anunciou que entregaria 60 milhões de barris de petróleo aos EUA.
O premiê australiano, John Howard, prometeu mandar 20 especialistas em desastres e ajuda de US$ 7,7 milhões. "Não se deve supor que, porque os EUA são o maior e o mais poderoso país do mundo, esse não seja um grande desafio e uma grande crise", disse Howard.
O Sri Lanka, um dos países que recebeu ajuda americana depois do tsunami que atingiu a Ásia no ano passado, ofereceu ajuda de US$ 25 mil para as vítimas.
O premiê britânico, Tony Blair, prometeu ajudar "de todas as formas que puder". "Todo o país sente pela população da Costa do Golfo americana que foi atingida por uma terrível, terrível tragédia da natureza."
Apesar de todas as ofertas, não há uma onda global de comoção e doações depois do Katrina como ocorreu após o tsunami, que matou mais de 130 mil pessoas em dezembro do ano passado. Na época, a crise asiática e a pobreza dos países afetados foram importantes para causar essa reação.


Com agências internacionais

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