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ORIENTE MÉDIO
O dirigente palestino, internado desde sexta, submetia-se a exames em hospital nas imediações de Paris
Saúde de Arafat deteriora e o leva à UTI
DA REDAÇÃO
As condições clínicas de Iasser
Arafat, presidente da Autoridade
Nacional Palestina, deterioraram-se ontem de modo abrupto, o que
determinou sua internação na
UTI do hospital militar Percy, localizado nas imediações de Paris.
Os médicos que há seis dias são
responsáveis pelo dirigente palestinos não chegaram a se pronunciar. Prevalece a versão de que ele
sofre de um mal não detectado.
Falou-se de início em leucemia.
Em seguida, de infecção viral. O
chefe da equipe encarregada de
Arafat é hematologista.
Os palestinos que acompanham
Arafat haviam prometido para
ontem a publicação de um boletim médico, no qual os especialistas franceses pela primeira vez indicariam os resultados dos exames feitos desde sexta-feira.
Mas o boletim não foi publicado. Em lugar dele, a representante
da ANP na França, Leila Shahid,
deu declaração tranqüilizadora,
em que anunciou que Arafat estava bem e acompanhava pela televisão os desdobramentos das eleições americanas.
Por volta das 18h, hora de Brasília, a suposição de relativa normalidade foi reforçada pela informação de que Arafat tomara a iniciativa de enviar mensagem a George W. Bush, na qual o cumprimentava pela reeleição.
Mas duas horas depois o canal 2
da televisão israelense transmitiu
a informação de que Arafat,
"muito mal", fora levado à UTI.
O jornalista israelense Ehud
Yaari, autor da notícia, disse tê-la
obtido de um dos palestinos que
acompanham Arafat.
A Associated Press obteve em
seguida informação semelhante,
em Paris, de um dirigente da
ANP. Esse dirigente não foi nominalmente identificado.
Um dos assessores de Arafat,
Mohammed Dahlan, no entanto,
negou que tivesse ocorrido uma
deterioração da situação clínica.
Coincidência ou não, no final da
tarde o chanceler israelense, Silvan Shalom, declarara que seu governo estava "monitorando de
perto" as condições de Arafat e
que já se preparava para o dia seguinte de sua morte.
A declaração poderia ser parte
da guerra psicológica que palestinos e israelenses. Mas desta vez é
possível que Shalom exprimisse
um fato detectado por seus serviços de inteligência.
Com agências internacionais
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