São Paulo, quarta-feira, 04 de dezembro de 2002

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POR DENTRO DO PALÁCIO

Salão octogonal impressiona visitantes

Edifício apresenta luxo, vazio e silêncio

DA ASSOCIATED PRESS

Os vastos gramados, as vias de acesso, as colunas e o grande hall de entrada estavam calmos e vazios. Ninguém apareceu nas janelas. Nenhuma pessoa estava presente para sentir o cheiro das pálidas rosas amarelas enfileiradas nos jardins.
Quando um ditador como Saddam Hussein possui dezenas de palácios, qualquer um deles, assim como o Al Sajoud, às margens do rio Tigre, pode ficar ocioso por vários dias.
O silêncio, porém, foi quebrado ontem pela inspeção da equipe da ONU. Após os inspetores saírem, os jornalistas receberam a permissão para visitar esse grandioso palácio.
Construído em estilo islâmico moderno, o palácio possui janelas em forma de arco, uma enorme cúpula azul-celeste e uma fachada de ladrilhos bronzeados que se estende por centenas de metros.
Uma rebuscada caligrafia árabe no pórtico de entrada anuncia o nome do palácio, Al Sajoud, que em árabe significa o ato de se ajoelhar para rezar.
Mais adiante, as portas esculpidas em madeira possuem um outro símbolo: em ouro, estão as iniciais do nome de Saddam.
Quando as altas portas se abrem, é revelada uma entrada que deixou os jornalistas impressionados. É um espaço octogonal, de três andares de altura, com as paredes em mármore branco, trabalhadas com temas islâmicos. Tudo iluminado por um reluzente lustre de cristal e ouro.
No meio do salão, há cópias do próprio Al Sajoud: uma mostrando o palácio destruído nos ataques americanos e outra com ele já reconstruído.
Antes de deixar o salão octogonal, os jornalistas observaram um poema, sobre Saddam, na parede com a seguinte inscrição: "Você é a glória".


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