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Bush muda o comando da espionagem
John Negroponte, primeiro diretor nacional de Inteligência, cargo criado após o 11 de Setembro, volta para a diplomacia
Como segundo de Condoleezza Rice no Departamento de Estado, ele usará experiência no Iraque, onde foi embaixador
DO "NEW YORK TIMES"
John D. Negroponte, que o
presidente Bush apontou há
menos de dois anos como o primeiro diretor nacional de Inteligência dos EUA, deixará o cargo para assumir o segundo posto do Departamento de Estado.
Negroponte ocupará um posto essencial que está vago há
meses, e deve desempenhar papel importante na formulação
de políticas quanto ao Iraque.
Mas sua transferência representa novo abalo para os serviços de informações, que não
conseguiram manter continuidade de comando desde que
George J. Tenet deixou o cargo
de diretor central de Inteligência, em 2004.
Negroponte foi selecionado
para o comando dos serviços de
espionagem com a missão de
ajudar a restaurar a credibilidade dessas organizações, cuja reputação foi abalada pelas falhas
relacionadas aos atentados do
11 de Setembro e por previsões
incorretas sobre as armas iraquianas ilícitas.
O presidente Bush classificou a criação do posto de diretor nacional de Inteligência como medida essencial para prevenir novos ataques terroristas.
O governo vinha encontrando
dificuldades para preencher o
posto no Departamento de Estado, que ficou vago desde que
Robert B. Zoellick, que foi chefe
do Escritório Comercial da Casa Branca no primeiro mandato de Bush, renunciou ao aceitar um emprego no banco de
investimento Goldman Sachs.
Negroponte foi embaixador
norte-americano nas Nações
Unidas e no Iraque, e funcionários do governo dizem que a secretária de Estado, Condoleezza Rice, estava interessada em
recrutá-lo para trazer mais conhecimento sobre o Iraque ao
seu departamento.
O substituto de Negroponte
no comando da Inteligência será J. Michael McConnell, um
vice-almirante reformado que
comandou a Agência Nacional
de Segurança (NSA) entre 1992
e 1996. O almirante McConnell
era diretor de Inteligência no
Estado-Maior unificado durante a primeira guerra do Golfo
Pérsico, em 1991.
Enquanto Donald Rumsfeld
foi secretário da Defesa, até novembro passado, havia tensão
constante entre o Pentágono e
a comunidade de informações.
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