DA REDAÇÃO

Um dia de violência na Cisjordânia e na faixa de Gaza, com dez mortos, ofuscou o encontro de ontem entre o premiê israelense, Ehud Olmert, e o ditador egípcio, Hosni Mubarak, destinado a reavivar o processo de paz.
Em Ramallah, uma incursão israelense terminou com quatro mortos. Em Gaza, seis pessoas morreram em nova troca de ataques entre milicianos do grupo islâmico Hamas, que governa os territórios palestinos, e aliados do presidente Mahmoud Abbas, do rival secular Fatah.
Realizado no balneário egípcio de Sharm el-Sheikh, o encontro entre Mubarak e Olmert -que completou ontem um ano no poder, após a internação de Ariel Sharon, que continua em coma- teve poucos resultados. O Egito tem mediado esforços para libertar o soldado israelense Gilad Shalit, cujo seqüestro, em junho, deflagrou uma nova onda de violência. Não foi anunciado, porém, nenhum avanço.
Segundo o Exército israelense, a incursão em Ramallah teve o objetivo de prender quatro palestinos acusados de terrorismo. Na troca de tiros, outros quatro palestinos foram mortos.
Em Gaza, o premiê Ismail Haniyeh, do Hamas, pediu calma após novos confrontos entre palestinos deixarem seis mortos, entre eles um alto oficial do Fatah.