São Paulo, sábado, 05 de janeiro de 2008

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Para família Rojas, exame é confirmação

DA REDAÇÃO

A família Rojas declarou que não tem mais dúvidas de que o menino em Bogotá é filho de Clara. "Estou seguro de que é o meu sobrinho", afirmou à rádio W Iván Rojas, irmão da refém das Farc, que anteontem voltou de Caracas a Bogotá. Segundo ele, "o mais importante neste momento é que liberem" a sua irmã.
A família de Emmanuel não subscreveu uma carta assinada por parentes de reféns das Farc em que pedem a formação de uma comissão internacional para confirmar a identidade de Emmanuel.
O documento, divulgado pelo governo venezuelano, é dirigido aos governos de todos os países que atuaram como observadores na fracassada Operação Emmanuel, entre os quais a Argentina, o Brasil e a França.
Aos olhos de Fabrice Delloye, ex-marido da senadora franco-colombiana Ingrid Betancourt, seqüestrada junto com Clara e também ainda em cativeiro, a confirmação da identidade de Emmanuel seria a "única boa notícia" desde que fracassou o acordo humanitário de troca de prisioneiros.
Delloye disse esperar que o menino realmente "esteja o mais longe possível da guerrilha, da luta armada, e que ele possa se reunir com a sua família, com a mãe de Clara e que ele seja amado e agraciado e saiba que há pessoas que o amam a seu redor".
Delloye afirmou que, embora as Farc sejam "canalhas", o presidente colombiano, Álvaro Uribe, deve continuar buscando um diálogo "para salvar vidas de militares, policiais e cidadãos civis que há anos estão apodrecendo e morrendo na selva".
"O acordo humanitário sofreu um duro golpe", lamentou Delloye, numa referência à suspensão da operação internacional de recuperação de três reféns das Farc, cuja liberação havia sido anunciada pela guerrilha em dezembro.
O cenário é de pessimismo para o ex-marido de Ingrid Bétancourt. "Assistimos a uma luta de egos: o presidente Uribe está mais enraidecido do que nunca e naturalmente insulta as Farc. Por sua vez, Marulanda (líder das Farc) prevê para 2008 uma ofensiva em todas as direções", afirmou Delloye. Nesse contexto, o ex-marido avalia que "o acordo humanitário está cada vez mais distante".


Com agências internacionais


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