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Para família Rojas, exame é confirmação
DA REDAÇÃO
A família Rojas declarou
que não tem mais dúvidas
de que o menino em Bogotá é filho de Clara. "Estou
seguro de que é o meu sobrinho", afirmou à rádio
W Iván Rojas, irmão da refém das Farc, que anteontem voltou de Caracas a
Bogotá. Segundo ele, "o
mais importante neste
momento é que liberem" a
sua irmã.
A família de Emmanuel
não subscreveu uma carta
assinada por parentes de
reféns das Farc em que pedem a formação de uma
comissão internacional
para confirmar a identidade de Emmanuel.
O documento, divulgado pelo governo venezuelano, é dirigido aos governos de todos os países que
atuaram como observadores na fracassada Operação Emmanuel, entre os
quais a Argentina, o Brasil
e a França.
Aos olhos de Fabrice
Delloye, ex-marido da senadora franco-colombiana Ingrid Betancourt, seqüestrada junto com Clara
e também ainda em cativeiro, a confirmação da
identidade de Emmanuel
seria a "única boa notícia"
desde que fracassou o
acordo humanitário de
troca de prisioneiros.
Delloye disse esperar
que o menino realmente
"esteja o mais longe possível da guerrilha, da luta armada, e que ele possa se
reunir com a sua família,
com a mãe de Clara e que
ele seja amado e agraciado
e saiba que há pessoas que
o amam a seu redor".
Delloye afirmou que,
embora as Farc sejam "canalhas", o presidente colombiano, Álvaro Uribe,
deve continuar buscando
um diálogo "para salvar vidas de militares, policiais e
cidadãos civis que há anos
estão apodrecendo e morrendo na selva".
"O acordo humanitário
sofreu um duro golpe", lamentou Delloye, numa referência à suspensão da
operação internacional de
recuperação de três reféns
das Farc, cuja liberação
havia sido anunciada pela
guerrilha em dezembro.
O cenário é de pessimismo para o ex-marido de
Ingrid Bétancourt. "Assistimos a uma luta de egos: o
presidente Uribe está
mais enraidecido do que
nunca e naturalmente insulta as Farc. Por sua vez,
Marulanda (líder das
Farc) prevê para 2008
uma ofensiva em todas as
direções", afirmou Delloye. Nesse contexto, o ex-marido avalia que "o acordo humanitário está cada
vez mais distante".
Com agências internacionais
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