São Paulo, sexta-feira, 05 de fevereiro de 2010

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Debate Brasil-Venezuela sobre apagão é adiado

Delegação venezuelana se atrasa por falta de vaga em voos, e reunião é remarcada para hoje em Brasília

DA SUCURSAL DO RIO

A Venezuela atrasou o envio da equipe que discutirá com especialistas brasileiros do Ministério de Minas e Energia possíveis ações para conter a crise energética que o país atravessa desde dezembro.
A reunião, prevista inicialmente para quarta, será realizada hoje de manhã, informou a assessoria do ministério. O secretário-executivo da pasta, Márcio Zimmermann, que foi a Caracas na semana passada, tinha viagem marcada e não estará presente.
Será um encontro de técnicos -além de pessoal do ministério, foram convocados especialistas do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) e da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).
Do lado venezuelano, serão cinco representantes.
De acordo com o Itamaraty, que mediou o encontro, o motivo apresentado pelos venezuelanos para o atraso foram problemas de lotação nos voos entre as duas capitais.
A ajuda técnica brasileira foi acertada em Caracas pela comitiva liderada pelo assessor internacional do presidente Lula, Marco Aurélio Garcia, conforme a Folha revelou no último sábado.
A assessoria de Garcia diz que a intenção não foi prestar apoio político ao presidente Hugo Chávez, mas oferecer auxílio disponível para qualquer vizinho sul-americano nas mesmas circunstâncias.
A Venezuela adotou medidas de racionamento de eletricidade desde dezembro.
Devido à má repercussão política, previsões de cortes de luz na capital foram canceladas, e um novo plano de racionamento anunciado.
A causa imediata da escassez foi a falta de chuvas devido ao fenômeno El Niño, que esvaziou os reservatórios das hidrelétricas, mas foram apontados problemas de falta de investimento e de gerência.
O próprio Garcia disse, depois da reunião com os venezuelanos, que "o sistema está um pouco deteriorado": "Há muita coisa que pode ser resolvida exclusivamente com operações de manutenção".
A Venezuela exporta energia para Roraima em parte do ano, e, na semana passada, a cidade fronteiriça de Pacaraima também chegou a ficar sem luz em virtude da crise energética no país vizinho. (CLAUDIA ANTUNES)



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