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Debate Brasil-Venezuela sobre apagão é adiado
Delegação venezuelana se atrasa por falta de vaga em voos, e reunião é remarcada para hoje em Brasília
DA SUCURSAL DO RIO
A Venezuela atrasou o envio
da equipe que discutirá com especialistas brasileiros do Ministério de Minas e Energia
possíveis ações para conter a
crise energética que o país atravessa desde dezembro.
A reunião, prevista inicialmente para quarta, será realizada hoje de manhã, informou
a assessoria do ministério. O
secretário-executivo da pasta,
Márcio Zimmermann, que foi a
Caracas na semana passada, tinha viagem marcada e não estará presente.
Será um encontro de técnicos -além de pessoal do ministério, foram convocados especialistas do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) e da
Aneel (Agência Nacional de
Energia Elétrica).
Do lado venezuelano, serão
cinco representantes.
De acordo com o Itamaraty,
que mediou o encontro, o motivo apresentado pelos venezuelanos para o atraso foram problemas de lotação nos voos entre as duas capitais.
A ajuda técnica brasileira foi
acertada em Caracas pela comitiva liderada pelo assessor
internacional do presidente
Lula, Marco Aurélio Garcia,
conforme a Folha revelou no
último sábado.
A assessoria de Garcia diz
que a intenção não foi prestar
apoio político ao presidente
Hugo Chávez, mas oferecer auxílio disponível para qualquer
vizinho sul-americano nas
mesmas circunstâncias.
A Venezuela adotou medidas
de racionamento de eletricidade desde dezembro.
Devido à má repercussão política, previsões de cortes de luz
na capital foram canceladas, e
um novo plano de racionamento anunciado.
A causa imediata da escassez
foi a falta de chuvas devido ao
fenômeno El Niño, que esvaziou os reservatórios das hidrelétricas, mas foram apontados
problemas de falta de investimento e de gerência.
O próprio Garcia disse, depois da reunião com os venezuelanos, que "o sistema está
um pouco deteriorado": "Há
muita coisa que pode ser resolvida exclusivamente com operações de manutenção".
A Venezuela exporta energia
para Roraima em parte do ano,
e, na semana passada, a cidade
fronteiriça de Pacaraima também chegou a ficar sem luz em
virtude da crise energética no
país vizinho.
(CLAUDIA ANTUNES)
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