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DEFESA
China planeja elevar gasto militar em 15% para US$ 70 bi
RAUL JUSTE LORES
DE PEQUIM
A China vai aumentar em
14,9% o Orçamento de suas
Forças Armadas neste ano,
segundo afirmou o porta-voz
do Congresso Nacional do
Povo, o Legislativo chinês, Li
Zhaoxing. Com isso, a verba
para a área deve superar os
US$ 70 bilhões -ou 6,3% do
gastos fiscais do ano.
O aumento é menor que os
17,6% de de 2008. Mas é muito superior à estimativa de
crescimento do PIB chinês
em 2009, de 6% a 8%.
Segundo Li, o maior gasto
servirá para melhorar o tratamento das tropas, aumentar subsídios e salários, comprar equipamentos e construir instalações "que fortaleçam a habilidade das forças
em defender nosso país na
era da informação". O trabalho de resgate após desastres
naturais, como o terremoto
de Sichuan no ano passado,
também será reforçado.
O porta-voz afirmou que o
Orçamento das Forças Armadas chinesas é "modesto"
se comparado ao de outros
países -1,4% do PIB, enquanto os EUA gastam 4%
do PIB e o Reino Unido, 2%.
O Orçamento militar americano é de US$ 515 bilhões,
7,5% maior que em 2008.
"A limitada força militar
da China é necessária sobretudo para garantir nossa soberania e nosso território.
Não ameaça outros países",
disse ele. Apesar da recente
distensão, a China mantém
mísseis apontados para Taiwan, tida por Pequim como
Província rebelde e à qual os
EUA vendem armas.
Li ressaltou que o governo
chinês começou a apresentar
um relatório anual sobre
seus gastos militares à ONU
em 2007. "Não temos gastos
militares escondidos", disse.
Militares americanos e asiáticos creem que o Orçamento militar chinês possa ter o
dobro do valor oficial.
A presença militar chinesa
pode ser mais requisitada
neste ano. No Tibete e em
Províncias vizinhas de grande população tibetana, o número de soldados aumentou
para evitar protestos separatistas como os de 2008.
E além do temor de protestos sociais pelo crescimento
do desemprego no país, outras duas datas preocupam a
liderança comunista: os 20
anos do massacre de estudantes na Praça da Paz Celestial, em junho, e os 10 anos
da proibição da seita Falun
Gong.
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