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Cidade não parece tomada pelo medo
DO ENVIADO A BAGDÁ
Apesar de ter sofrido
três atentados às vésperas
da eleição parlamentar de
domingo, Bagdá ontem
não parecia uma cidade
tomada pelo medo.
A única diferença de peso percebida em comparação com a passagem anterior da Folha na capital
iraquiana, em outubro, foi
uma presença muito mais
ostensiva das forças de segurança nas ruas.
Mais numerosos e carregando armamentos
mais pesados, policiais são
acompanhados nos postos
de controle por militares,
pouco visíveis cinco meses
atrás. Tanques e blindados
patrulham toda a cidade.
Mas não havia sinais de
tensão evidente nos agentes de segurança nem medidas além das habituais
para controlar o vaivém de
veículos e pessoas.
O carro em que a Folha
circulou o dia inteiro por
Bagdá, um sedã caindo aos
pedaços e barulhento, foi
parado em postos de controle apenas três vezes.
Em todas as ocasiões, nada além do procedimento
usual: detector de explosivos e abertura do porta-malas do veículo.
Os pedidos do motorista
da reportagem para entrar
em ruas bloqueadas pela
polícia foram atendidos
duas vezes na base da conversa. Mas foi inútil a tentativa de passar pela barreira que levava ao local de
um dos atentados cometidos ontem.
Num dos principais hotéis de Bagdá o controle de
entrada era feito por meio
de uma sumária revista
manual.
Lojas, feiras e restaurantes estavam cheios. De
surpreendente, só um forte vento frio e seco que cobriu a cidade com uma camada de pó amarelo.
(SA)
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