São Paulo, sexta-feira, 05 de março de 2010

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Cidade não parece tomada pelo medo

DO ENVIADO A BAGDÁ

Apesar de ter sofrido três atentados às vésperas da eleição parlamentar de domingo, Bagdá ontem não parecia uma cidade tomada pelo medo.
A única diferença de peso percebida em comparação com a passagem anterior da Folha na capital iraquiana, em outubro, foi uma presença muito mais ostensiva das forças de segurança nas ruas.
Mais numerosos e carregando armamentos mais pesados, policiais são acompanhados nos postos de controle por militares, pouco visíveis cinco meses atrás. Tanques e blindados patrulham toda a cidade.
Mas não havia sinais de tensão evidente nos agentes de segurança nem medidas além das habituais para controlar o vaivém de veículos e pessoas.
O carro em que a Folha circulou o dia inteiro por Bagdá, um sedã caindo aos pedaços e barulhento, foi parado em postos de controle apenas três vezes. Em todas as ocasiões, nada além do procedimento usual: detector de explosivos e abertura do porta-malas do veículo.
Os pedidos do motorista da reportagem para entrar em ruas bloqueadas pela polícia foram atendidos duas vezes na base da conversa. Mas foi inútil a tentativa de passar pela barreira que levava ao local de um dos atentados cometidos ontem.
Num dos principais hotéis de Bagdá o controle de entrada era feito por meio de uma sumária revista manual.
Lojas, feiras e restaurantes estavam cheios. De surpreendente, só um forte vento frio e seco que cobriu a cidade com uma camada de pó amarelo. (SA)


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