São Paulo, sexta-feira, 05 de março de 2010

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EUA são acusados de provocar defeitos em bebês em Fallujah

DA REDAÇÃO

Médicos na cidade iraquiana de Fallujah -palco de uma grande ofensiva realizada por tropas dos EUA contra insurgentes em 2004- relataram um aumento no número de crianças que nascem com defeitos congênitos. O problema estaria ligado às armas usadas por soldados americanos.
Uma equipe da rede britânica BBC, em visita a um recém-inaugurado hospital na cidade, presenciou crianças que sofrem de paralisia ou problemas cerebrais. O número de bebês que nascem com problemas cardíacos também aumentou.
Segundo testemunhas ouvidas pela equipe, autoridades em Fallujah chegaram a alertar as mulheres da cidade para que não tivessem filhos.
A reportagem diz que médicos e pais das crianças acreditam que os problemas tenham sido causados pelas sofisticadas armas usadas por soldados americanos na ofensiva de seis anos atrás.
Malik Hamdan, pesquisadora iraquiana baseada no Reino Unido, disse à BBC que os médicos na cidade estão testemunhando um "número sem precedência" de defeitos cardíacos e um aumento no número de problemas no sistema nervoso de recém-nascidos.
Ela disse que as informações disponíveis até janeiro deste ano revelam que a taxa de problemas cardíacos congênitos é de 95 a cada mil nascimentos -a taxa é 13 vezes superior à encontrada na Europa.
Procurado, o Exército dos EUA disse não ter conhecimento de nenhum relato oficial sobre o problema. O porta-voz Michael Kilpatrick disse que preocupações com a saúde são levadas "muito a sério".
"Dispositivos explosivos não detonados, incluindo dispositivos improvisados, são um perigo reconhecido", disse.


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