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Brasil não quer "ideologizar" tema, diz Garcia
DA REDAÇÃO
O Brasil não quer "ideologizar" o programa do álcool e atribui a "uma incompreensão" de Fidel
Castro as críticas feitas pelo cubano à ampliação da
produção do combustível.
As declarações são de
Marco Aurélio Garcia, assessor internacional do
presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao ser questionado pela agência France
Presse sobre o artigo de
Fidel publicado ontem.
Garcia disse que a tese
do cubano, segundo a qual
a maior produção do álcool ameaça a segurança
alimentar, não se aplica ao
Brasil. "No caso brasileiro,
e em todos os projetos aos
quais nos associamos, essa
não é realidade."
O assessor disse que a
fome no mundo "não é
problema da falta de alimentos, mas de renda", e
afirmou que as terras que
serão destinadas ao programa "não são próprias
para produzir alimentos".
Garcia comentou também as críticas do presidente venezuelano, Hugo
Chávez. "Temos entendido que até recentemente a
Venezuela estava interessada também na produção
de álcool."
Ontem, Lula disse que o
álcool é "limpo" e fomenta
a criação de empregos, ao
assinar com o presidente
do Equador, Rafael Correa, acordos para desenvolver a produção do combustível no país andino
(leia na pág. ao lado).
O chanceler Celso Amorim se recusou a fazer novos comentários sobre o
artigo de Fidel. "Não vou
me repetir.Já falei sobre o
assunto", disse.
Com agências internacionais e a Sucursal de Brasília
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