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Contingente do país
fica até o fim de 2005
DA REDAÇÃO
Diante de um surto de violência
e sob uma tempestade de críticas
a seu plano de ocupação do Iraque, os EUA anunciaram ontem
que manterão 138 mil militares no
país até o fim de 2005, cancelando
assim o plano de reduzir o contingente tão logo um governo interino iraquiano assumisse, em 30 de
junho próximo. Mais ainda: Washington estuda criar uma agência
designada exclusivamente a traçar estratégias pós-guerra, após
sofrer severas críticas justamente
pela falta de planejamento.
"Reunir capacidade e experiência [baseados em experiências
passadas] em uma agência que
funcione como uma força-tarefa
permanente é provavelmente a
coisa mais sábia a ser feita. Isso
pode melhorar esse tipo de operação [pós-conflito] no futuro", disse o subsecretário da Defesa para
políticas, Douglas Feith.
Feith citou como exemplo as
operações nos Balcãs, no Afeganistão, no Iraque e no Haiti. "Toda vez que fazemos isso, temos de
organizar um novo esforço."
Mas o subsecretário não deixou
clara a importância dada à proposta, citada como um exemplo
da avaliação feita pelo Pentágono
a partir da Guerra do Iraque.
O governo americano tem sido
duramente criticado, interna e externamente, por não ter se preparado bem para a reconstrução iraquiana. Enquanto a ofensiva militar, entre março e abril de 2003,
foi incontestavelmente bem-sucedida, o período pós-guerra tem
exposto despreparo para lidar
com uma realidade muito mais
complexa do que aquela descrita
nos planos de Washington.
Indagado sobre o planejamento
para o pós-guerra, Feith respondeu: "Parte dele foi muito bem feita, e parte foi bem menos bem feita. Acho melhor deixarmos que os
historiadores determinem isso,
em vez de pedirmos a quem está
no meio de tudo que se afaste para
observar a situação".
O subsecretário, que defendeu a
decisão do presidente George W.
Bush de ir à guerra, ainda admitiu
que os EUA cometeram um "engano" ao nomear um integrante
da extinta força de elite do ex-ditador Saddam Hussein como chefe de uma força especial iraquiana
responsável pela conturbada situação em Fallujah.
A decisão, tomada no final da
semana passada e revogada anteontem, provocou alvoroço entre os membros do Conselho de
Governo Iraquiano e deu a medida da falta de opções diante da
qual os EUA se encontram: sem
conseguir resolver o impasse na
cidade sunita, o comando dos
EUA voltou-se para as forças locais, no intuito de criar uma patrulha mais bem aceita.
Outro sintoma da falta de alternativa é a revisão do plano de reduzir o contingente após o mês
mais sangrento do pós-guerra
-mais de 700 iraquianos e 128
soldados dos EUA morreram em
abril.O Pentágono já notificou 10
mil soldados e marines de prontidão e mais 37 mil reservistas e
membros da Guarda Nacional.
Militares que já estão no Iraque
terão sua estada prorrogada.
Com agências internacionais
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