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Democrata faz anúncios biográficos
DA REDAÇÃO
Os dois anúncios de 60 segundos que John Kerry começou a
exibir ontem enfatizam sua biografia. Além de destacar sua formação na prestigiosa Universidade Yale, eles trazem depoimentos
de sua mulher, Teresa, da filha
Vanessa e de dois veteranos do
Vietnã, que afirmam que tiveram
suas vidas salvas por Kerry.
Para os republicanos, a decisão
dos democratas de contar a vida
de Kerry é um sinal da fraqueza
do candidato. Afinal, dizem, depois de uma carreira política de
três décadas, o mínimo que se poderia esperar é que seu passado já
fosse suficientemente conhecido
pelo eleitor americano.
Já os democratas sustentam que
a maioria dos que se lançam contra presidentes candidatos à reeleição enfrentam o problema durante esse estágio da campanha.
Argumentam que até Al Gore,
mesmo depois de oito anos como
vice-presidente, também passou
por essa dificuldade em 2000.
A ofensiva de mídia de Kerry
deve acalmar um pouco muitos
democratas que vinham reclamando da letargia da campanha
do candidato. Para eles, Kerry
deixou-se agredir por muito tempo por George W. Bush, sem responder à altura.
Nos últimos dois meses, os republicanos gastaram US$ 60 milhões em comerciais com ataques
ao senador. Uma pesquisa, divulgada ontem, do Annenberg Public Policy Center, da Universidade da Pensilvânia, mostra que a
tática deu certo: nos Estados em
que os anúncios foram exibidos, a
opinião desfavorável sobre Kerry
subiu de 28% para 36%.
Esses dados podem servir de explicação para o fato de que, ao
mesmo tempo em que o presidente, devido à crise no Iraque,
atingiu seus mais baixos níveis de
aprovação, Kerry não conseguiu
traduzir as dificuldades de Bush
em ganhos nas pesquisas.
Nesta semana, a equipe de
Kerry anunciou como um trunfo
a adesão do investidor Warren
Buffett, considerado o segundo
homem mais rico do mundo. Buffett, que participou da campanha
do republicano Arnold Schwarzenegger pelo governo da Califórnia, vai ajudar na definição do
programa econômico de Kerry.
Com agências internacionais
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