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Federação de pilotos acusa problema em Buenos Aires
Entidade internacional critica ausência de radar
DE BUENOS AIRES
Advertindo haver risco de
"graves perturbações" no controle aéreo argentino, a Ifalpa
(Federação Internacional dos
Pilotos de Linhas Aéreas) recomendou aos pilotos de todo o
mundo "extrema vigilância" ao
voarem sobre Buenos Aires.
A recomendação da Ifalpa integra boletim de segurança feito pela entidade no último dia
1º e tornado público ontem pela
Apla (Associação dos Pilotos de
Linhas Aéreas da Argentina).
O boletim ressalta que os
pousos e decolagens em Buenos Aires estão sendo monitorados unicamente via rádio entre controladores e pilotos, já
que o principal radar local está
desativado desde março, quando foi danificado após ser atingido por um relâmpago.
O comunicado também faz
referência à transição do controle de tráfego aéreo das Forças Armadas para organismos
civis, que poderia acarretar as
possíveis "graves perturbações".
O presidente da Apla, Jorge
Pérez Tamayo, disse ontem que
já estão sendo tomadas precauções adicionais nos vôos em
Buenos Aires. Os pousos e decolagens nos aeroportos de
Ezeiza (internacional) e Jorge
Newberry (com vôos nacionais
e para o Uruguai) têm intervalo
mínimo de dez minutos.
Desde que o radar de Ezeiza
foi danificado, o presidente
Néstor Kirchner se disse disposto a alugar equipamento para substituí-lo, mas nenhuma
medida efetiva havia sido tomada até anteontem, quando
foi publicada no "Diário Oficial" a liberação de 115 milhões
de pesos argentinos (cerca de
R$ 75,6 milhões) para investimentos na segurança aérea.
Desse montante, 16 milhões de
pesos (R$ 10,5 milhões) serão
destinados à fabricação e instalação de radares.
A mudança no controle do
tráfego aéreo na Argentina vem
ocorrendo gradualmente desde
setembro do ano passado,
quando foi anunciada a transferência de comando no setor.
Não há data prevista para o fim
da transição.
(RODRIGO RÖTZSCH)
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