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Raúl Castro condecora militar morto em seqüestro
Desertores que tentaram levar avião a Miami podem ser condenados à morte
De acordo com o governo cubano, soldados mataram dois militares depois de fugirem de quartel perto de Havana, no último domingo
DA REDAÇÃO
Por sugestão de Raúl Castro,
que desde julho substitui interinamente seu irmão, o ditador
Fidel Castro, à frente do regime
cubano, o Conselho de Estado
de Cuba concedeu uma medalha póstuma ontem ao tenente-coronel Víctor Acuña.
O militar foi morto durante a
tentativa de seqüestro de um
avião anteontem no aeroporto
de Havana. Segundo o governo,
Acuña era refém dos dois recrutas que tentaram seqüestrar
um avião para fugir rumo a
Miami na quinta-feira.
Houve tiroteio no aeroporto,
e os dois seqüestradores foram
presos. O crime é passível de
prisão perpétua e mesmo de
pena de morte.
A versão oficial do governo
diz que três recrutas, Alain Forbus e Leandro Cerezo, ambos
de 19 anos, e Yoan Torres, 21,
fugiram no domingo do quartel
em que cumpriam o serviço militar obrigatório, a 40 km de
Havana. Durante a fuga, eles
mataram o sentinela Yoendris
Gutiérrez, no quartel. Um deles
foi capturado antes da tentativa
de seqüestro do avião, mas o
governo não revelou qual.
Os outros dois seqüestraram
um ônibus de passageiros nos
arredores do aeroporto internacional de Havana, invadiram
o aeroporto e usaram passageiros do ônibus como reféns para
entrar em um avião vazio.
Há versões de que agentes do
serviço secreto cubano estavam dentro do avião em que os
dois recrutas queriam fugir, fazendo-se de passageiros.
O decreto que concede a medalha ao tenente Acuña destaca
sua "atitude intransigente, inclaudicante e o arrojo diante
dos inimigos inescrupulosos".
O governo cubano acusa os
EUA de responsáveis pela tentativa de seqüestro, "por darem
residência a quem foge da ilha".
Com agências internacionais
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