São Paulo, segunda-feira, 05 de agosto de 2002

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GUERRA SEM LIMITES

Senador dos EUA não vê guerra este ano

Inspetor da ONU diz que não visita Iraque antes de país aceitar missão

DA REDAÇÃO

O inspetor-chefe de armas das Nações Unidas, Hans Blix, declarou ontem que não aceitará o convite do Iraque para ir ao país discutir questões técnicas até que Bagdá aceite o retorno dos inspetores de armas da ONU ao país.
A inspeção internacional de armas, prevista nos acordos que encerraram a Guerra do Golfo (91), foi suspensa em dezembro de 1998, quando os inspetores deixaram o país protestando contra a falta de cooperação do governo, que os acusava de espionagem.
"Penso que eles (os iraquianos) devem dizer que aceitam o retorno dos inspetores de armas de acordo com as resoluções do Conselho de Segurança", disse Blix ontem. "A situação poderá ficar bem pior se eu for à Bagdá e as conversações falharem."
Os EUA disseram que não mudarão sua política em relação ao país por causa do convite. Na semana passada, o Senado americano discutiu a necessidade de uma mudança de regime no Iraque, país que, junto com o Irã e a Coréia do Norte, forma o que o presidente George W. Bush chama de "eixo do mal" por suposto apoio ao terrorismo internacional ou à propagação de armas de destruição em massa.
O presidente da comissão de relações exteriores do Senado, Joseph Biden, exortou Bush a obter apoio nacional e internacional antes de agir no Iraque. Ele disse que, sem nenhuma "mudança significativa" no cenário, os EUA devem atuar para depor o ditador Saddam Hussein. Ele afirmou que não espera que um ataque contra o Iraque ocorra ainda neste ano.


Com agências internacionais


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