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Pioneiras, Evita e Isabelita deviam poder a Perón
DE BUENOS AIRES
As duas principais mulheres
na história da política argentina até hoje têm algo em comum: foram casadas com o
mesmo homem, Juan Domingo
Perón, presidente por três
mandatos.
A fama de Evita se construiu
por estar à frente da política social do governo de Perón, criando uma forte relação com os
trabalhadores. Também foi
uma militante pelos direitos da
mulher: já doente, participou
em seu leito da eleição de 1951,
a primeira em que mulheres
puderam votar na Argentina.
Já Isabelita chegou onde Evita não pôde: eleita vice-presidente em 1973, assumiu como a
primeira mulher presidente da
Argentina (e da América Latina) após a morte do marido, em
1º de julho de 1974.
Em seu governo de 21 meses,
a situação econômica e social se
deteriorou rapidamente, até
que em 1976, ela foi derrubada
pelo golpe que deu início à última ditadura militar no país.
Desde 1981, Isabelita, hoje
com 76 anos, vive na Espanha.
Em janeiro deste ano, foi presa
por ordem de um juiz argentino
que investiga a morte de um estudante e o desaparecimento
de outro durante o seu governo.
Atualmente, a ex-presidente é
alvo de um processo de extradição.
(RR)
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