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São Paulo, quarta-feira, 05 de novembro de 2003

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Autoridades de segurança da ONU deixam o cargo

DA REDAÇÃO

O coordenador de segurança e o chefe da missão da ONU no Iraque deixarão o cargo enquanto o organismo conduzir uma investigação para apurar responsabilidades sobre as brechas de segurança que permitiram o atentado de 19 de agosto contra sua sede em Bagdá.
O ataque, com uma betoneira-bomba, resultou na morte de 23 pessoas, incluindo o brasileiro Sérgio Vieira de Mello, representante especial do secretário-geral Kofi Annan no país.
Ontem, Annan nomeou uma equipe de especialistas independentes para "determinar as responsabilidades, em todos os níveis administrativos", pelas falhas.
Ao mesmo tempo, o birmanês Tun Myat, chefe de segurança da ONU desde julho de 2002, e o português Ramiro Lopes da Silva, que substituiu Vieira de Mello como autoridade máxima do organismo no Iraque e era o responsável pela segurança da sede bagdali na época do atentado, pediram para deixar seus cargos.
Os dois ficarão sob licença especial até meados de janeiro. Silva será substituído interinamente pela americana Catherine Bertini, do grupo administrativo da ONU.
Um relatório produzido por um painel da ONU que avaliou o incidente culpou a "segurança inoperante" do organismo em Bagdá pelas baixas no atentado. O grupo também recomendou que a entidade começasse a "tratar das responsabilidades".
A equipe nomeada ontem será chefiada por Gerald Walzer, que já foi alto comissário-adjunto para refugiados, e contará com Srinath Basnayake, ex-diretor jurídico do organismo, Kevin Carty, comissário-assistente para política irlandesa, e Stuart Groves, gerente de segurança do comissariado para direitos humanos.
Na semana passada, Annan ordenou a retirada dos cerca de 20 funcionários estrangeiros da ONU que ainda estão em Bagdá. Antes do ataque em agosto e de um outro em setembro, que matou um guarda iraquiano, eram mais de 600.


Com agências internacionais

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