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Autoridades de segurança da ONU deixam o cargo
DA REDAÇÃO
O coordenador de segurança e o chefe da missão da
ONU no Iraque deixarão o
cargo enquanto o organismo conduzir uma investigação para apurar responsabilidades sobre as brechas de
segurança que permitiram o
atentado de 19 de agosto
contra sua sede em Bagdá.
O ataque, com uma betoneira-bomba, resultou na
morte de 23 pessoas, incluindo o brasileiro Sérgio
Vieira de Mello, representante especial do secretário-geral Kofi Annan no país.
Ontem, Annan nomeou
uma equipe de especialistas
independentes para "determinar as responsabilidades,
em todos os níveis administrativos", pelas falhas.
Ao mesmo tempo, o birmanês Tun Myat, chefe de
segurança da ONU desde julho de 2002, e o português
Ramiro Lopes da Silva, que
substituiu Vieira de Mello
como autoridade máxima
do organismo no Iraque e
era o responsável pela segurança da sede bagdali na
época do atentado, pediram
para deixar seus cargos.
Os dois ficarão sob licença
especial até meados de janeiro. Silva será substituído interinamente pela americana
Catherine Bertini, do grupo
administrativo da ONU.
Um relatório produzido
por um painel da ONU que
avaliou o incidente culpou a
"segurança inoperante" do
organismo em Bagdá pelas
baixas no atentado. O grupo
também recomendou que a
entidade começasse a "tratar
das responsabilidades".
A equipe nomeada ontem
será chefiada por Gerald
Walzer, que já foi alto comissário-adjunto para refugiados, e contará com Srinath
Basnayake, ex-diretor jurídico do organismo, Kevin
Carty, comissário-assistente
para política irlandesa, e
Stuart Groves, gerente de segurança do comissariado
para direitos humanos.
Na semana passada, Annan ordenou a retirada dos
cerca de 20 funcionários estrangeiros da ONU que ainda estão em Bagdá. Antes do
ataque em agosto e de um
outro em setembro, que matou um guarda iraquiano,
eram mais de 600.
Com agências internacionais
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