São Paulo, quarta-feira, 05 de dezembro de 2007

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Bush prega livre comércio contra Chávez

DE WASHINGTON

Mais uma vez, George W. Bush evitou mencionar o nome de Hugo Chávez. Instado a comentar o resultado do referendo popular e o fato de o venezuelano ter dito que um voto pelo "não" seria um voto a favor do norte-americano, o presidente respondeu: "O povo venezuelano rejeitou o governo unipessoal. Eles votaram pela democracia, e os Estados Unidos podem fazer diferença na América do Sul quanto à influência venezuelana".
Uma das maneiras, afirmou, é aprovar tratados de livre comércio com países da região, como o com a Colômbia, que atualmente enfrenta resistência da maioria democrata de um Congresso dominado pela oposição.
"O maior medo na América do Sul não é o líder da Venezuela, mas o temor pela estabilidade caso o Congresso dos EUA rejeite o acordo de livre comércio com a Colômbia."
Para Bush, "seria um insulto a um amigo". "Mandaria uma mensagem contraditória para um país comandado por um líder vigoroso, que está trabalhando duro para lidar com problemas muito difíceis." Entre esses, o norte-americano citaria não nominalmente as Farc, "que seqüestram inocentes com objetivos políticos".
A política norte-americana pode ajudar a promover democracia e estabilidade, disse Bush, mas, se o Congresso rejeitar o acordo, "será um momento desestabilizador". Horas depois da fala do presidente, o Senado aprovou tratado semelhante com o Peru, que já havia passado pela Câmara.
(SÉRGIO DÁVILA)


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