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FIM DE FÉRIAS
Presidente também precisará lidar com a Coréia do Norte e reduzir impostos para injetar US$ 600 bi na economia
Bush volta a Washington com Saddam na agenda
DA REDAÇÃO
O presidente George W. Bush
pôs fim ontem a suas férias de dez
dias no Texas e voltou para Washington com três questões importantes em sua agenda: a chamada
ameaça do Iraque, as ambições
nucleares da Coréia do Norte e o
desempenho insatisfatório da
economia americana.
"Ao voltar a despachar na Casa
Branca, ele continuará a priorizar
a guerra ao terrorismo, a defesa
do solo americano e o fortalecimento da economia", disse a porta-voz Claire Buchan.
Janeiro terminará com o relatório das Nações Unidas sobre a inspeção de armas no Iraque e com o
discurso de Bush sobre o estado
da União, manifestação institucionalmente importante, feita
uma vez por ano no Congresso.
Depois de cancelar uma viagem
que faria este mês à África, o presidente também detalha o projeto
de injetar US$ 600 bilhões na economia norte-americana.
Ele deverá hoje se reunir com
integrantes do governo para discutir esse plano destinado a reduzir impostos a um patamar inferior ao prometido em 2001.
Analistas acreditam que a ambição de Bush em se reeleger dependem hoje do bom desempenho
econômico, neutralizando as críticas de seus adversários democratas, que batem com razão na
tecla do desemprego crescente e
da queda no valor das ações.
O pai do atual presidente, George Bush, não conseguiu se reeleger em razão da crise econômica,
e isso apesar da popularidade que
obteve ao derrotar o Iraque na
Guerra do Golfo (1991).
Agora, "George W." procura
manter a ofensiva no plano militar, intensificando a presença de
contingentes ao redor do Iraque.
"Essa guerra, a exemplo das outras, não será vencida se nos mantivermos na defensiva", disse em
discurso na base de Fort Hood,
sexta-feira. O presidente estava se
referindo à guerra ao terrorismo,
vinculando-a ao suposto programa nuclear e de armas químicas e
biológicas desenvolvido pelo ditador iraquiano Saddam Hussein.
Bush declarou que os Estados
Unidos estavam prontos a derrotar o Iraque, caso Saddam prossiga a desafiar as pressões para interromper tais programas bélicos.
Analistas militares acreditam
que Bush está em contagem regressiva para definir se toma ou
não a iniciativa de atacar o Iraque,
já que a partir de fevereiro o calor
na região se torna intenso, dificultando combater no deserto.
Em 27 de janeiro, os inspetores
da ONU que se encontram no Iraque submeterão o relatório no
qual dirão se o Iraque ainda possui arsenais de armas proibidas.
No dia seguinte, em 28 de janeiro, Bush fará seu discurso anual
no Congresso americano e poderá, então, anunciar seus planos
em relação ao Iraque.
Com relação à Coréia do Norte,
Bush tem sido mais discreto. Em
seu discurso de 20 minutos em
Fort Hood, ele reservou à questão
coreana uma única frase, dizendo
que a tensão deveria baixar por
meio de pressões diplomáticas.
Disse ainda que continuaria a
negociar com parceiros -Rússia,
China, Coréia do Sul- para pressionar aquele país comunista por
meio de sanções econômicas e
políticas. Por enquanto, os EUA
descartam uma ação militar.
Com agências internacionais
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