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Líderes democratas se opõem a ampliar tropas em meio a dissonância no partido
DAVID STOUT
DO NEW YORK TIMES, EM WASHINGTON
A nova presidente da Câmara, Nancy Pelosi, e o senador
Harry Reid, líder da maioria no
Senado, afirmaram que lutarão
contra qualquer projeto para o
envio de mais tropas ao Iraque.
Em carta ao presidente George W. Bush, os líderes democratas dizem querer fazer "todo o
possível para ajudar o sucesso
do Iraque no futuro". "Mas, como muitos dos nossos comandantes militares, não acreditamos que enviar mais tropas
contribuirá para o sucesso", escreveram. "Aumentar as tropas
só colocará em perigo mais
americanos e colocará nossas
Forças Armadas no limite."
"O governo se recusa a admitir o impacto devastador que
manter nossos soldados no Iraque produz na segurança nacional", declarou o senador democrata Russell Feingold. "Deveríamos estar trazendo de volta nossos soldados. A mensagem do povo americano nas urnas foi clara. Já passou da hora
de o governo escutá-la".
A carta de Pelosi e de Reid e a
alusão de Feingold às eleições
de novembro enfatizaram a nova realidade política para a Casa Branca. No momento em
que Bush prepara o discurso de
defesa de sua estratégia e muda
sua equipe militar e diplomática para lidar com o Iraque, ele
tem encontrado oposição feroz
da recém-empossada liderança
democrata -apesar de parte da
bancada ter manifestado apoio.
Pelosi e Reid marcaram posições mais claras do que alguns
de seus colegas, que não rejeitaram um aumento modesto ou
temporário nas tropas.
Entre eles, está o senador democrata Carl Levin, novo chefe
da comissão de Forças Armadas, que disse que não "prejulgaria" a proposta do presidente
porque qualquer reforço de
contingente estaria ligado a
uma estratégia maior para desatolar os EUA do Iraque.
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