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Reação anti-Israel do Hizbollah se limita a discursos
DO "NEW YORK TIMES"
Na última semana, o líder do
Hizbollah, Hassan Nasrallah,
fez discursos furiosos contra a
ação israelense em Gaza, atacando a passividade do Egito e
de outros países árabes. Mas o
xeque libanês não deu ordens à
sua própria milícia xiita para
entrar em ação. E, dizem analistas, é improvável que o faça
-a menos que a situação do
Hamas se torne desesperadora.
Há ao menos duas razões para isso. Primeiro, o Hizbollah
ainda acredita que seu aliado
Hamas sairá vitorioso. Segundo, não pode arriscar levar o Líbano a outro conflito como o
julho e agosto de 2006.
Depois da guerra de 2006,
Nasrallah declarou-se vitorioso, mas pediu uma espécie de
perdão aos libaneses, dizendo
que não teria ordenado as ações
além da fronteira, que precipitaram o conflito, se soubesse
que Israel responderia com um
devastador ataque de 34 dias,
deixando mais de mil mortos.
Desde então, o Hizbollah ganhou poderes no governo, e sua
coalizão deve conquistar maioria nas eleições deste ano. Iniciar um conflito poderia pôr em
risco tudo isso, revoltando a população, diz o analista político
Amal Saad-Ghorayeb.
"Não estamos pessimistas
sobre o futuro da luta", diz Ali
Fayyad, ex-membro do Hizbollah e diretor de entidade de
pesquisa ligado ao grupo. O
Hizbollah conhece bem as capacidades do Hamas. Trabalhou com o Irã para treinar o
movimento em Gaza.
A ideia era armar o Hamas
para resistir por tempo suficiente a fim de forçar Israel e
outros Estados árabes a negociarem com o grupo, em um
processo que em última instância aumentaria seu poder e credibilidade. Para isso, não é necessária uma segunda frente.
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