|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Orçamento reduz ajuda a Equador e Bolívia
DA REDAÇÃO
A proposta de Orçamento
que o presidente norte-americano, George W. Bush, apresentou ontem ao Congresso
dos EUA para o próximo ano
fiscal prevê a redução em 40%
na ajuda financeira à luta antidroga em países sul-americanos como Equador e Bolívia.
Ao mesmo tempo, Bush pediu um aumento dos recursos
destinados ao Plano Colômbia,
que combate o narcotráfico e a
guerrilha em um dos maiores
aliados dos EUA na região.
A chamada Iniciativa Andina
contra as drogas distribui verbas a Brasil, Colômbia, Bolívia,
Equador, Panamá, Peru e Venezuela. Para o ano fiscal de outubro de 2006 a setembro de
2007, o Orçamento foi de US$
722 milhões. No próximo ano
fiscal, a previsão é de US$ 443
milhões, 40% menor.
O documento não apresenta
as cifras por país, mas o líder da
maioria democrata no Senado,
Harry Reid, já adiantou há duas
semanas que os principais afetados seriam Bolívia e Equador,
dois países dirigidos por aliados
do presidente venezuelano (e
duro crítico do governo Bush),
Hugo Chávez.
Reid criticou a medida, dizendo que as ajudas deveriam
aumentar, não diminuir.
Bush também deve solicitar
ao Congresso o prolongamento
do Plano Colômbia, segundo o
número três do Departamento
de Estado, Nicholas Burns,
subsecretário de Estado para
Assuntos políticos.
Em entrevista coletiva,
Burns, que chega hoje ao Brasil,
disse que o governo americano
está "muito satisfeito" com os
resultados do Plano Colômbia e
quer continuar o apoio.
E afirmou que o pedido de
ajuda ao Congresso prevê assistência no combate ao narcotráfico e contra o antiterrorismo
de grupos guerrilheiros como
as Farc. Desde seu início, em
2000, os EUA gastaram US$ 4
bilhões no programa.
Na semana passada, o ministro da Defesa colombiano, Juan
Manuel Santos, foi a Washington pedir apoio para a segunda
fase do Plano Colômbia.
Em seu novo momento, o
plano prevê mais ênfase no fortalecimento da Justiça e no investimento social.
Texto Anterior: Republicanos bloqueiam voto contra guerra Próximo Texto: Gasto com terceirização explode nos EUA Índice
|