São Paulo, terça-feira, 06 de fevereiro de 2007

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Orçamento reduz ajuda a Equador e Bolívia

DA REDAÇÃO

A proposta de Orçamento que o presidente norte-americano, George W. Bush, apresentou ontem ao Congresso dos EUA para o próximo ano fiscal prevê a redução em 40% na ajuda financeira à luta antidroga em países sul-americanos como Equador e Bolívia.
Ao mesmo tempo, Bush pediu um aumento dos recursos destinados ao Plano Colômbia, que combate o narcotráfico e a guerrilha em um dos maiores aliados dos EUA na região.
A chamada Iniciativa Andina contra as drogas distribui verbas a Brasil, Colômbia, Bolívia, Equador, Panamá, Peru e Venezuela. Para o ano fiscal de outubro de 2006 a setembro de 2007, o Orçamento foi de US$ 722 milhões. No próximo ano fiscal, a previsão é de US$ 443 milhões, 40% menor.
O documento não apresenta as cifras por país, mas o líder da maioria democrata no Senado, Harry Reid, já adiantou há duas semanas que os principais afetados seriam Bolívia e Equador, dois países dirigidos por aliados do presidente venezuelano (e duro crítico do governo Bush), Hugo Chávez.
Reid criticou a medida, dizendo que as ajudas deveriam aumentar, não diminuir.
Bush também deve solicitar ao Congresso o prolongamento do Plano Colômbia, segundo o número três do Departamento de Estado, Nicholas Burns, subsecretário de Estado para Assuntos políticos.
Em entrevista coletiva, Burns, que chega hoje ao Brasil, disse que o governo americano está "muito satisfeito" com os resultados do Plano Colômbia e quer continuar o apoio.
E afirmou que o pedido de ajuda ao Congresso prevê assistência no combate ao narcotráfico e contra o antiterrorismo de grupos guerrilheiros como as Farc. Desde seu início, em 2000, os EUA gastaram US$ 4 bilhões no programa.
Na semana passada, o ministro da Defesa colombiano, Juan Manuel Santos, foi a Washington pedir apoio para a segunda fase do Plano Colômbia.
Em seu novo momento, o plano prevê mais ênfase no fortalecimento da Justiça e no investimento social.


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