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ORIENTE MÉDIO
Plano do premiê de Israel causa polêmica entre aliados e rivais
Olmert promete segunda retirada
DA REDAÇÃO
O plano anunciado ontem pelo
premiê interino de Israel, Ehud
Olmert, de retirar unilateralmente assentamentos judeus da Cisjordânia, caso vença as eleições
gerais de 28 de março, provocou
polêmica tanto entre os integrantes de seu partido, o Kadima, fundado em dezembro por Ariel Sharon, como por rivais.
Para Olmert a proposta está alinhada com o que Sharon havia
sugerido antes de se afastar do governo devido a um derrame sofrido em 4 de janeiro, mas alguns
membros do Kadima dizem que o
plano de nova retirada "contradiz
a posição de Sharon". Em 2005,
Sharon ordenou o desmantelamento das 21 colônias judias de
Gaza e a retirada unilateral e total
da região. Membros do Likud,
partido ao qual pertenciam Sharon e Olmert antes da criação do
Kadima, chamam a nova proposta de "prêmio para o Hamas".
Olmert acredita que o primeiro
objetivo do próximo governo deva ser criar uma situação internacional favorável para a definição
de fronteiras e a garantia da maioria demográfica judaica.
No plano a ser proposto aos
EUA, Olmert quer a retirada de
colonos judeus de pelo menos 17
assentamentos, segundo o diário
"Yediot Ahronot". As colônias ficam na região de Nablus, Ramallah, Belém e Hebron. Os colonos
iriam para dois grandes assentamentos no sul de Jerusalém.
Shimon Peres, candidato pelo
Kadima, disse temer os planos de
nova retirada nos territórios ocupados. Segundo ele, o Hamas,
grupo radical que venceu as eleições palestinas, está se aproximando do Irã. "Não sou parte do
grupo com pressa para defender
retiradas unilaterais. O quadro do
lado palestino ainda não é claro",
disse numa formatura de militares.
"Muros devem ser construídos
em volta do Hamas, porque toda
a terra que seja dada ao movimento irá fortalecê-lo", disse o
presidente do Likud, Binyamin
Netanyahu, em resposta ao plano
de retirada.
"A retirada é um prêmio para o
Hamas. A terra evacuada irá virar
imediatamente base para novos
ataques contra Israel", disse Gideon Sa'ar, do Likud.
Com agências internacionais
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