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Seminário debate rol de atores sociais no Sul-Sul
DA REDAÇÃO
Na moda pelas rotas que os
unem diplomatica e economicamente, as conexões Sul-Sul,
como são chamadas as relações
nos países do hemisfério, serão
discutidas em seminário no Rio
de Janeiro nesta semana, desta
vez sob a ótica comparada da
experiência de movimentos sociais e desenvolvimento.
O argumento dos organizadores do evento, promovido
pelo projeto Sul-Sul da Clacso
(Comitê Latino-americano de
Ciências Sociais), é que é preciso aprofundar as ferramentas
de análise dos movimentos no
contexto que dizem ser "pós-neoliberal".
Os temas vão dos dilemas e
papéis dos movimentos sociais
quando seus apoiados chegaram ao poder -caso de vários
países da região, em especial da
coalizão que elegeu Evo Morales na Bolívia- ao debate do
duo pobreza-protesto na África
do Sul pós-apartheid.
"A democracia na África, por
exemplo, está se consolidando
mediante a ação dos movimentos sociais. Em muitos lugares
há democracias formais, mas
quem questiona a efetividade
dessa democracia são os movimentos, mais do que partidos
políticos", Jacques Edgard
François d'Adesky, que coordena o projeto da Clacso.
Houve dois encontros prévios do grupo -o da Ásia foi na
Malásia; o da África, em Gana.
No Rio, a Clacso vai promover
dois seminários distintos: um
no hotel Glória, reservado aos
acadêmicos e à imprensa, que
começa amanhã, e outro na
Uerj (Universidade Estadual
do Rio de Janeiro), aberto ao
público, com início na quarta.
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