|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Homem-bomba mata 22 no Paquistão
Cerca de 2.000 pessoas estavam reunidas em mesquita xiita na cidade de Chakwal no momento do atentado
DA REDAÇÃO
Um ataque suicida matou pelo menos 22 pessoas e deixou
outras 50 feridas ontem, em
uma mesquita ao sul do Paquistão. O atentado foi contra um
grupo religioso da minoria xiita, frequentemente alvo de ataques extremistas sunitas.
A explosão ocorreu na entrada da mesquita, que fica na cidade de Chakwal, na Província
de Punjab, a cerca de 80 quilômetros ao sul de Islamabad.
O site do canal de televisão
paquistanês "Geo TV" descreveu o suicida como um adolescente de 16 anos. Ainda segundo o canal, há quatro crianças
entre os mortos.
Taswar Husain, um morador
local, disse que cerca de 2.000
pessoas estavam presentes na
cerimônia religiosa quando o
incidente ocorreu. Eles estavam reunidos para a oração da
celebração do Majlis-e-Aza,
que lembra a morte do imam
xiita Hussein Ibn Ali, neto do
profeta Maomé.
Farid Ali, que deixou o local
um pouco antes do atentado,
disse que sentiu a força da explosão nas costas, olhou para
trás e viu uma nuvem de fumaça e pó. "Vi pessoas caindo. Havia sangue por todos os lados."
Outra testemunha, Amjad
Husain, disse que houve uma
pausa na cerimônia e algumas
pessoas estavam entrando e
saindo quando um homem saiu
correndo no meio da multidão.
"Quando os guardas tentaram
impedi-lo, ele explodiu", disse.
Um pequeno grupo ligado ao
Taleban assumiu a autoria. O
primeiro-ministro Yousuf Raza Gilani pediu às autoridades
para que "levem os responsáveis à Justiça". O presidente paquistanês, Asif Ali Zardari,
também condenou o ataque.
No sábado, em Islamabad,
outro ataque matou 16 pessoas.
Na semana anterior, outro, em
Lahore, a segunda maior cidade
do Paquistão, matou pelo menos 12 pessoas e feriu outras 80.
Reação
O ataque suicida de ontem
ocorreu um dia depois que o
míssil de um avião norte-americano não tripulado atingiu
uma região fronteiriça do Paquistão com o Afeganistão, matando ao menos 13 pessoas. Líderes do Taleban afirmaram
recentemente que vão continuar reagindo enquanto esses
ataques não pararem.
A maior parte dos incidentes
acontece no nordeste do país,
onde o Taleban e a Al Qaeda
costumam se reunir para organizar os ataques às forças americanas e da Otan (Organização
do Tratado do Atlântico Norte)
na fronteira com o Afeganistão.
Com agências internacionais
Texto Anterior: Professor realizava sonho ao sair do Brasil pela primeira vez Próximo Texto: Américas: Fidel critica texto de cúpula por excluir Cuba Índice
|