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GUERRA AO TERROR
ONU cobra ação dos EUA no trato a presos
DA REDAÇÃO
As Nações Unidas disseram ontem que os Estados Unidos devem dar um exemplo melhor no
que diz respeito ao combate à tortura e que não podem se recusar a
discutir violações e abusos cometidos contra presos acusados de
envolvimento com o terrorismo
sob o pretexto de que se trata de
atividades de inteligência.
A Comissão Contra Tortura da
ONU questionou autoridades
americanas sobre uma série de
questões, entre elas sobre o métodos de interrogatórios adotados
em prisões como Abu Ghraib, no
Iraque, e Guantánamo, em Cuba.
O conselheiro para assuntos relacionados à legislação do Departamento do Estado dos EUA,
John B. Bellinger III, chefe da delegação do país em sua primeira
participação na comissão em seis
anos, insistiu que o governo sente-se "absolutamente comprometido com o cumprimento de nossas obrigações nacionais e internacionais em erradicar a tortura".
Grupos de defesa dos direitos
humanos acusam o governo de
cometer maus-tratos contra detentos usando métodos cruéis de
interrogatórios.
Bellinger disse que as alegações
de abusos foram exageradas. "Esta comissão não deve perder de
vista o fato de que esses incidentes
não são sistêmicos", disse ele em
um painel composto por dez pessoas durante a abertura de uma
sessão que avalia o comportamento do governo americano em
relação à Convenção Contra a
Tortura e Tratamentos Cruéis.
"Relativamente, poucos casos
de abuso e mau comportamento
aconteceram no contexto de conflito armado entre dos EUA com a
Al Qaeda", disse Bellinger.
Disse também que o governo
tem conduzido investigações para apurar as responsabilidades.
Mas Andreas Mavrommatis, que
presidiu a sessão, disse que tais investigações seriam mais convincentes se fosse conduzidas por
um árbitro independente ou um
um advogado, em vez de estarem
sob responsabilidade do Departamento de Estado.
Os EUA mantêm milhares de
suspeitos de envolvimento com o
terrorismo, a maioria deles presos
desde os ataques perpetrados em
11 de setembro de 2001. Os suspeitos estão em instalações localizadas no Afeganistão, Iraque e em
Guantanámo, em Cuba.
Com agências internacionais
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