São Paulo, terça-feira, 06 de julho de 2004

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IRAQUE SOB TUTELA

Ataque visa suposto esconderijo de Zarqawi, mas mortos seriam civis; número de vítimas é de hospitais

Dez morrem em ataque dos EUA a Fallujah

DA REDAÇÃO

Ao menos dez pessoas foram mortas ontem em Fallujah, segundo hospitais locais, quando o comando dos EUA bombardeou pela quinta vez em 17 dias a cidade no oeste do Iraque onde, supostamente, fica o esconderijo do terrorista jordaniano Abu Musab Zarqawi. Mais de 70 pessoas morreram nessas ações (civis inocentes, segundo moradores locais; insurgentes, segundo os EUA).
Zarqawi, acusado pelos EUA de ter ligação com a Al Qaeda, supostamente assumiu, por meio de comunicados atribuídos a ele, uma série de atentados no Iraque. O governo dos EUA oferece US$ 25 milhões por sua captura.
Na tentativa de amenizar as tensões no país, o recém-empossado governo interino iraquiano planeja anistiar insurgentes que não sejam suspeitos de assassinato. Mas o decreto, previsto para ontem, foi adiado sem nova data.
A agência de notícias Reuters teve acesso a um vídeo obtido pela revista "Time" no qual militantes islâmicos, aparentemente estrangeiros, reivindicam a autoria de atentados como o ataque contra a sede bagdali da ONU, em agosto último. O atentado matou 23 pessoas -incluindo o brasileiro Sérgio Vieira de Mello, máximo representante da entidade no país, cuja foto aparece no vídeo.
Em uma das imagens, os insurgentes exibem fuzis e granadas. Em outra, um homem lê um comunicado de despedida e afirma que executará um atentado. Em seguida, há uma cena do homem entrando em um caminhão de combustível que segue para uma ponte de Bagdá e explode.

Refém americano
Um grupo extremista islâmico que diz ter seqüestrado o marine Wassef Ali Hassoun afirmou que trocou o cativeiro do americano "para um local seguro", segundo a TV Al Jazira, de Qatar. Imagens de Hassoun vendado em poder de um grupo armado foram exibidas pelo mesmo canal há nove dias.
No sábado, um comunicado em um site dizia que o refém fora decapitado por outro grupo, mas nenhuma prova foi divulgada. Hassoun desapareceu no último dia 21, quando, segundo o "New York Times", ele tentava desertar.


Com agências internacionais

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