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IRAQUE SOB TUTELA
Ataque visa suposto esconderijo de Zarqawi, mas mortos seriam civis; número de vítimas é de hospitais
Dez morrem em ataque dos EUA a Fallujah
DA REDAÇÃO
Ao menos dez pessoas foram
mortas ontem em Fallujah, segundo hospitais locais, quando o
comando dos EUA bombardeou
pela quinta vez em 17 dias a cidade no oeste do Iraque onde, supostamente, fica o esconderijo do
terrorista jordaniano Abu Musab
Zarqawi. Mais de 70 pessoas morreram nessas ações (civis inocentes, segundo moradores locais; insurgentes, segundo os EUA).
Zarqawi, acusado pelos EUA de
ter ligação com a Al Qaeda, supostamente assumiu, por meio de comunicados atribuídos a ele, uma
série de atentados no Iraque. O
governo dos EUA oferece US$ 25
milhões por sua captura.
Na tentativa de amenizar as tensões no país, o recém-empossado
governo interino iraquiano planeja anistiar insurgentes que não
sejam suspeitos de assassinato.
Mas o decreto, previsto para ontem, foi adiado sem nova data.
A agência de notícias Reuters teve acesso a um vídeo obtido pela
revista "Time" no qual militantes
islâmicos, aparentemente estrangeiros, reivindicam a autoria de
atentados como o ataque contra a
sede bagdali da ONU, em agosto
último. O atentado matou 23 pessoas -incluindo o brasileiro Sérgio Vieira de Mello, máximo representante da entidade no país,
cuja foto aparece no vídeo.
Em uma das imagens, os insurgentes exibem fuzis e granadas.
Em outra, um homem lê um comunicado de despedida e afirma
que executará um atentado. Em
seguida, há uma cena do homem
entrando em um caminhão de
combustível que segue para uma
ponte de Bagdá e explode.
Refém americano
Um grupo extremista islâmico
que diz ter seqüestrado o marine
Wassef Ali Hassoun afirmou que
trocou o cativeiro do americano
"para um local seguro", segundo
a TV Al Jazira, de Qatar. Imagens
de Hassoun vendado em poder de
um grupo armado foram exibidas
pelo mesmo canal há nove dias.
No sábado, um comunicado em
um site dizia que o refém fora decapitado por outro grupo, mas
nenhuma prova foi divulgada.
Hassoun desapareceu no último
dia 21, quando, segundo o "New
York Times", ele tentava desertar.
Com agências internacionais
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