São Paulo, terça-feira, 06 de julho de 2004

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ELEIÇÕES NOS EUA

Medidas buscam impedir ação terrorista durante processo eleitoral

Temor de ataques ronda convenções

DAVID JOHNSTON
DO NEW YORK TIMES

Preocupados com a possibilidade de ocorrência de ataques terroristas durante as convenções partidárias entre julho e setembro nos EUA, autoridades federais americanas estão intensificando operações para identificar potenciais extremistas dentro do país.
Segundo funcionários do governo americano, as operações incluem buscas e entrevistas em comunidades onde terroristas poderiam buscar abrigo.
Também estão sendo implementadas medidas preventivas extraordinárias de segurança, com base em diversos relatórios de inteligência que indicam que a rede terrorista Al Qaeda tem intenção de atacar os EUA novamente neste ano.
De acordo com fontes oficiais, cerca de metade do orçamento das convenções será gasto com segurança.
Em Boston, sede da convenção democrata no final de julho, os gastos com segurança foram estimados em US$ 50 milhões - o dobro do previsto anteriormente e mais da metade do custo total, de US$ 95 milhões.
Já em Nova York, onde será realizada a convenção republicana entre agosto e setembro, os custos devem exceder US$ 75 milhões, dos US$ 166 milhões totais. A cidade é considerada de maior risco que Boston por agentes antiterrorismo pelo fato de o presidente George W. Bush ser republicano.
"A Al Qaeda tem planos claros de atacar nossa pátria novamente", disse James L. Pavitt, chefe de operações clandestinas da CIA (serviço secreto dos EUA). "E a cidade de Nova York permanece o alvo principal." A polícia local vai aumentar o patrulhamento uniformizado e à paisana em várias áreas, principalmente em pontos turísticos e no metrô.
Relatórios recentes de inteligência não indicaram quando ou onde novos ataques da Al Qaeda poderiam ocorrer. Mas sugerem que seriam operações pouco complicadas, por exemplo, com a utilização de carros-bomba.
Apesar de os relatórios não serem claros ou específicos o suficiente para justificar um alerta máximo, funcionários do governo afirmaram haver sinais de preocupação crescente.
Informações indicam que potenciais autores dos ataques podem ser não jovens árabes, mas extremistas religiosos de países africanos. Por isso, pessoas de países como Somália, Quênia e Nigéria que já estão nos EUA começaram a ser investigadas.


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