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ELEIÇÕES NOS EUA
Medidas buscam impedir ação terrorista durante processo eleitoral
Temor de ataques ronda convenções
DAVID JOHNSTON
DO NEW YORK TIMES
Preocupados com a possibilidade de ocorrência de ataques terroristas durante as convenções partidárias entre julho e setembro
nos EUA, autoridades federais
americanas estão intensificando
operações para identificar potenciais extremistas dentro do país.
Segundo funcionários do governo americano, as operações incluem buscas e entrevistas em comunidades onde terroristas poderiam buscar abrigo.
Também estão sendo implementadas medidas preventivas
extraordinárias de segurança,
com base em diversos relatórios
de inteligência que indicam que a
rede terrorista Al Qaeda tem intenção de atacar os EUA novamente neste ano.
De acordo com fontes oficiais,
cerca de metade do orçamento
das convenções será gasto com
segurança.
Em Boston, sede da convenção
democrata no final de julho, os
gastos com segurança foram estimados em US$ 50 milhões - o
dobro do previsto anteriormente
e mais da metade do custo total,
de US$ 95 milhões.
Já em Nova York, onde será realizada a convenção republicana
entre agosto e setembro, os custos
devem exceder US$ 75 milhões,
dos US$ 166 milhões totais. A cidade é considerada de maior risco
que Boston por agentes antiterrorismo pelo fato de o presidente
George W. Bush ser republicano.
"A Al Qaeda tem planos claros
de atacar nossa pátria novamente", disse James L. Pavitt, chefe de
operações clandestinas da CIA
(serviço secreto dos EUA). "E a cidade de Nova York permanece o
alvo principal." A polícia local vai
aumentar o patrulhamento uniformizado e à paisana em várias
áreas, principalmente em pontos
turísticos e no metrô.
Relatórios recentes de inteligência não indicaram quando ou onde novos ataques da Al Qaeda poderiam ocorrer. Mas sugerem que
seriam operações pouco complicadas, por exemplo, com a utilização de carros-bomba.
Apesar de os relatórios não serem claros ou específicos o suficiente para justificar um alerta
máximo, funcionários do governo afirmaram haver sinais de
preocupação crescente.
Informações indicam que potenciais autores dos ataques podem ser não jovens árabes, mas
extremistas religiosos de países
africanos. Por isso, pessoas de
países como Somália, Quênia e
Nigéria que já estão nos EUA começaram a ser investigadas.
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