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Teste não fere acordo ou texto internacional
DA REDAÇÃO
Não há nenhuma convenção internacional ou
resolução do Conselho de
Segurança da ONU que
proíba a Coréia do Norte
de testar lançadores-
mísseis militares ou foguetes para colocar satélites em órbita.
O que havia era uma
"moratória" que aquele
país adotou unilateralmente, em 1999, depois
das pressões da China, dos
Estados Unidos e das potências regionais. Mas o
regime de Pyongyang declarou no ano passado que
não se considerava mais
obrigado a respeitá-la.
O recuo se deu de forma
paralela à ruptura das negociações multilaterais
para recolocar o parque
nuclear norte-coreano sob
o regime de inspeções, e
com isso bloquear seu
acesso à bomba atômica.
"O lançamento de mísseis é uma questão de nossa soberania interna", disse ontem Ri Pyong Dok,
diplomata norte-coreano,
a um canal de TV japonês.
A moratória foi adotada
no ano seguinte ao teste do
primeiro Taepodong. Em
meio a pesadas reações, a
Coréia do Norte disse que
se tratava do teste de um
lançador de satélites, sem
finalidades militares.
A China, sua grande
aliada, anunciou que vetaria qualquer resolução da
ONU contra a Coréia do
Norte. Sem mais afinidades ideológicas consistentes, os chineses reconhecem a instabilidade do regime norte-coreano, cujo
colapso contrariaria seus
interesses geopolíticos.
Em 1999 foi publicado
um simples comunicado à
imprensa, em que o Conselho de Segurança criticava o teste de míssil e
exortava os países asiáticos a não partirem para a
retaliação.
Ontem, nas Nações Unidas, todas as delegações se
referiam à necessidade de
a Coréia do Norte readotar
a moratória. Era o único
documento em cima do
qual alguma forma de cobrança era possível.
Com agências internacionais
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