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Atentado em Bali
terá sua primeira
sentença amanhã
DA ASSOCIATED PRESS
O julgamento de Amrozi
bin Nurhasyim e de outros
30 suspeitos de envolvimento nas explosões ocorridas
numa boate de Bali, na Indonésia, que mataram 102 pessoas (estrangeiros em sua
maioria) em 2002, terá seu
apogeu amanhã, quando
um juiz definirá a sentença
do réu mais conhecido.
O destino de Bin Nurhasyim, 41, que ficou conhecido
como o "Bombardeador
Sorridente" depois de aparecer sorrindo na TV ao ser
preso, gera tensão na ilha indonésia. Após vê-lo sorrir e
desprezar a Justiça durante
três meses, a população de
Bali, que é majoritariamente
hindu -diferentemente do
restante da Indonésia, que é
muçulmano-, espera que
ele receba a pena de morte.
De acordo com autoridades indonésias, as explosões
foram orquestradas e executadas por membros do grupo terrorista Jemaah Islamiyah, que é ligado à rede terrorista Al Qaeda, de Osama
bin Laden, e atua no sudeste
da Ásia. O grupo teria a veleidade de criar um Estado
islâmico independente na
região, mas seus líderes negam essa acusação.
Abu Bakar Bashir, 64, líder
espiritual do Jemaah Islamiyah, é acusado pela Justiça
indonésia de traição. Os promotores afirmam que Bashir
pretende estabelecer um Estado fundamentalista islâmico na Indonésia e derrubar seu atual governo.
Coincidentemente, enquanto a polícia vasculhava
os escombros do hotel, em
Jacarta, ontem, Bashir prestava depoimento numa corte da capital indonésia. Ele
também responde à acusação de estar por trás de uma
série de atentados contra
igrejas, ocorrida na véspera
do Natal de 2000.
Uma pena mais branda do
que a prisão perpétua para
Bin Nurhasyim deverá provocar controvérsia, especialmente na Austrália (88 pessoas mortas nas explosões
eram australianas), e gerar
dúvidas sobre a capacidade
da Justiça indonésia de conter o extremismo islâmico.
Bin Nurhasyim admitiu
ter comprado o automóvel
usado nas explosões de Bali.
A Justiça também diz ter
provas recolhidas no local
das explosões que, supostamente, o incriminam.
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